Manaus – Alcançada pela pulverização de candidatos, a eleição à prefeitura de Manaus, hoje, se mostra embaralhada a ponto de impedir indicação de favorito para suceder Arthur Neto (PSDB).
Dos nove concorrentes, cinco já venceram ao menos eleições proporcionais, ocuparam relevantes cargos públicos, são de partidos representativos e ingressam no pleito almejando o segundo turno: Henrique Oliveira (SD), Hissa Abrahão (PDT), José Ricardo Wendling (PT), Luiz Castro (REDE), Marcelo Ramos (PR),Serafim Corrêa (PSB),Professor Queiroz (PSOL), Silas Câmara (PRB) e Arthur Virgílio Neto (PSDB).
Perspectiva é de que a disputa de 2016 seja uma das mais acirradas dos últimos anos.
Candidatos à prefeitura de Manaus
Henrique Oliveira (SD).
Henrique teve o mandato cassado, junto com o governador José Melo. Ele foi vereador de Manaus, mas perdeu o mandato porque quando disputou a vaga era servidor do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Amazonas.
Em 2010, conseguiu uma vaga de deputado federal. Em 2012, disputou a Prefeitura de Manaus e ficou em terceiro lugar.
No segundo turno, apoiou a candidatura de Arthur. Em 2014, abriu mão de disputar a reeleição para deputado federal para ser vice na chapa de José Melo ao Governo do Amazonas.
José Ricardo Wendling (PT).
Deputado estadual no segundo mandato, José Ricardo começou a carreira como vereador de Manaus.
Foi eleito pela primeira vez em 2004 e foi reeleito em 2008 para a Câmara Municipal. Em 2010 elegeu-se deputado estadual e em 2014 foi reeleito. Economista e ligado à Igreja Católica, sempre atuou na oposição e na fiscalização dos atos do Poder Executivo.
Marcelo Ramos (PR).
Marcelo Ramos começou sua carreira política no PCdoB, partido pelo qual se elegeu vereador de Manaus.
Candidatou-se pela primeira vez em 2004, mas só conseguiu a suplência de vereador e veio a assumir o cargo em 2007.
Antes de ser vereador, Marcelo Ramos atuou no Executivo municipal, na gestão de Serafim Corrêa.
Em 2005, foi nomeado Subsecretário Municipal de Esportes de Manaus e em 2006 chegou ao cargo de Chefe de Gabinete do Departamento de Relações Internacionais do Ministério do Esporte.
Depois, Ramos também assumiu o Instituto Municipal de Transportes Urbanos. Em 2010, elegeu-se deputado estadual e não chegou a concorrer à reeleição, porque partiu para sua primeira disputa a um cargo majoritário: o Governo do Amazonas. Ficou em terceiro lugar, com 178 mil votos.
Arthur Virgílio Neto (PSDB).
Atual prefeito de Manaus, administra a cidade pela segunda vez.
A primeira foi entre 1989 e 1992. Foi deputado federal, ministro do governo de Fernando Henrique Cardoso e senador da República.
Em 2010 perdeu a disputa à reeleição para o Senado e em 2012 derrotou nas urnas a candidata Vanessa Grazziotin (PCdoB), que era apoiada pelo mesmo grupo que o derrotou dois anos antes, liderado por Eduardo Braga (PMDB).
Hissa Abrahão (PDT).
Hissa começou a carreira política como vereador de Manaus. Em 2010, candidatou-se ao Governo do Amazonas e ficou em terceiro lugar, com 138.281 votos.
No ano seguinte, lançou, antecipadamente, sua candidatura a prefeito, mas acabou como vice de Arthur Virgílio.
Na prefeitura, tornou-se secretário de Infraestrutura, cargo no qual não completou um ano e foi exonerado pelo prefeito. Rompido com Arthur, em 2014, Hissa se uniu ao grupo de Eduardo Braga (PMDB), disputou uma vaga à Câmara dos Deputados e conseguiu se eleger.
Luiz Castro (REDE).
Deputado estadual no terceiro mandato, Castro foi prefeito do município de Envira por dois mandatos. Foi secretário de Produção Rural do Amazonas, no primeiro mandato de Eduardo Braga, mas deixou o cargo depois de dois anos.
Nas eleições de 2008, foi vice na chapa encabeçada por Francisco Praciano, que ficou em quarto lugar. Reeleito deputado estadual em 2014 pelo PPS, Castro trocou o partido pela Rede Sustentabilidade, liderado nacionalmente por Marina Silva.
Silas Câmara (PRB).
Deputado federal no quinto mandato, Silas Câmara só teve experiência do parlamento em Brasília. Desde que entrou na política, sempre disputou vaga para a Câmara dos Deputados. Já passou por diversos partidos.
O último que deixou foi o PSD do senador Omar Aziz. No ano passado, filiou-se ao PRB, legenda ligada à Igreja Universal do Reino de Deus. Membro e pastor da Igreja Assembleia de Deus, Silas Câmara tem o apoio de duas importantes agremiações religiosas, mas diz que quer o voto dos cristãos de todas as igrejas. Inclusive, no período de pré-campanha, se reuniu com o arcebispo de Manaus, dom Sérgio Castriani. Silas só conseguiu um partido aliado, o PSC, que tem membros ligados à Assembleia de Deus.
Serafim Corrêa (PSB).
Prefeito de Manaus de 2005 a 2008, Serafim venceu sua primeira eleição majoritária em 2004 derrotando o ex-governador Amazonino Mendes. Quatro anos depois, numa revanche com Amazonino, não conseguiu se reeleger.
Antes da prefeitura, ele foi vereador de Manaus e disputou cargos majoritários tanto à Prefeitura de Manaus quanto ao Governo do Estado.
Em 2014, abriu mão da candidatura a governador para disputar uma vaga à Assembleia Legislativa e conseguiu uma das 24 cadeiras de deputado estadual, mandato que exerce atualmente. Neste ano, o PSB decidiu lançar candidaturas em todas as capitais e ele foi escalado para a disputa em Manaus, numa chapa sem aliança.
Professor Queiroz (PSOL).
Professor da rede estadual e municipal de ensino, Queiroz nunca conseguiu vencer as eleições que disputou. Foram seis eleições para cargos como vereador, deputado e, em 2014, para o Senado. Nestas eleições Marcos Queiroz consegui unir o PSOL e o PCB para a disputa majoritária, com a vice da chapa indicada pelo Partido Comunista Brasileiro.
Partidos têm até o dia 15 para confirmar os nomes à Justiça eleitoral.