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Acusada de ser infiel, jornalista é agredida por 3 dias com soco inglês e cassetete

A jornalista chegou a ficar desmaiada. Foto: Reprodução

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RIO DE JANEIRO (RJ) – Fred Henrique Lima Moreira foi preso após manter em cárcere privado por três dias a namorada, uma jornalista de 37 anos, e a torturar com cassetete e soco inglês. As agressões aconteceram no apartamento do agressor, em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

O crime iniciou no último dia 26 de abril, quando a vítima foi até a casa do namorado e passou a ser acusada de infidelidade. Ela recebeu golpes de cassetete nas pernas, costas e cabeça.

A jornalista sofreu traumatismo craniano, fratura da mandíbula, além de apresentar diversos hematomas pelo corpo. A vítima chegou a perder a consciência.

Segundo depoimento da vítima, ela passou a primeira noite desacordada. Ao acordar, tentou gritar por ajuda, mas percebeu que havia fraturado o maxilar — o que a impedia de falar e mastigar. Então, teria sofrido uma nova agressão: um mata-leão, que se repetiu nas outras duas vezes em que tentou pedir socorro.

No terceiro dia, a jornalista tentou fugir, correndo em direção à porta do apartamento, mas foi impedida pelo homem, que a teria puxado pelos cabelos e arremessado no chão, além de aplicar mais golpes na cabeça da mulher até que ela desmaiasse.

A jornalista teria aproveitado um momento de distração em que a porta foi esquecida aberta, no último dia 29, para conseguir fugir. Ela seguiu direto para a delegacia de Copacabana para registrar um boletim de ocorrência.

Contra Fred foi cumprido um mandado de prisão temporária por tentativa de feminicídio, estupro, cárcere privado e tortura. Na casa dele foram apreendidos o cassetete, o soco inglês e também um simulacro de pistola. As armas foram reconhecidas pela vítima.

De acordo com a Polícia Civil do Rio, o casal estava junto há 8 meses — período no qual Fred já demonstrava um perfil violento. Ele já havia agredido a namorada no dia 31 de dezembro. No entanto, a jornalista não fez registro criminal.

Segundo depoimento da vítima, ele a manipulava alegando que havia sofrido muito na infância para justificar o descontrole e a agressão.

Ele já possuía passagem na polícia pelos crimes de violência doméstica, tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, ameaça, resistência, dentre outras.

Colaboração para o Expresso AM, em Manaus:

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