Manaus – Moradores de uma comunidade no km 32 da estrada AM-070 estão revoltados com a liberação pela polícia do caseiro Paulo da Cruz Teixeira, o “Paulinho, que foi preso no domingo, suspeito de ter estuprado uma adolescente de 16 anos de idade, ameaçando-a com uma faca. O estupro ocorreu na sexta-feira e o delegado do município de Iranduba disse que não tinha como mantê-lo preso, pois não havia mais flagrante.
Paulinho voltou para a comunidade onde trabalha como caseiro no sítio de um médico, a poucos metros da casa da vítima. De acordo com informações dos moradores da comunidades, a adolescente mora só com a mãe e ainda está em estado de choque, chorando muito e com medo de sair de casa.
Eles contaram que o estupro aconteceu por volta das 16h, quando a menina foi ao único mercadinho que há na comunidade fazer compras. Ela já estava voltando para casa quando foi abordada por Paulinho, que, armado com a faca, a arrastou para o mato, a cerca de 500 metros da estrada, onde a jogou no chão e a estuprou.
A adolescente ficou em poder do suspeito por mais de uma hora. Em depoimento que prestou na delegacia, a adolescente disse que foi jogada próxima a uma árvore de tucumã, que o suspeito colocou a arma em seu pescoço e a ameaçava matá-la, inclusive dizendo que havia planejado tudo e que tinha feito uma cova para enterrá-la.
Ele só a liberou depois de ela ter se comprometido a não falar nada para ninguém. A menina chegou em casa suja de barro, com espinhos pelas costas e nas nádegas. Ela tinha ainda a marca da faca no pescoço e em uma das mãos. No mesmo dia, ela e a mãe foram à delegacia e registraram a ocorrência.
Homem nega estupro
Paulinho foi preso no domingo e em depoimento confessou ter mantido relações sexuais com a adolescente e disse que ela concordou. “Eu a chamei ela pra minha casa pra gente namorar e ela aceitou”, disse o suspeito, afirmando que teve relações na casa dele e não no mato como a vítima afirmou.
Medo de voltar
A adolescente foi trazida para Manaus e levada para o Instituto Médico Legal (IML), onde foi submetida a exame de conjunção carnal e depois recebeu assistência de psicólogos. De acordo com o depoimento da jovem, no momento do estupro, Paulinho aparentava estar sob efeito de drogas e por várias vezes ele ameaçou matá-la caso ele contasse para alguém. Por esse motivo a vítima está com medo de voltar à comunidade e ser atacada.
Com informações Portal Acrítica.