EUA| Um americano de 16 anos, de Fareham, Hampshire, tirou a própria vida após, nas palavras da mãe, se assumir gay e sofrer bullying por causa disso. O garoto era autista e lutava contra uma depressão. Segundo informações do “Dailymail”, o fato ocorreu em setembro do ano passado.
A mãe do adolescente, Kerry Warwick, de 38, disse em entrevista que alunos chegavam a jogar comida no jovem durante os intervalos para o almoço, levando ele a se machucar. Ela teria dito ainda que os estudantes jogavam-no ao chão e xingavam-no. O garoto já havia tentado contra sua própria vida em 2017.
Pouco antes de sua morte, Cameron havia terminado o relacionamento que mantinha por internet com um jovem de 18 anos. Essa pessoa teria confirmado à polícia que o adolescente foi incansavelmente intimidado na escola por ser gay.
Sua mãe revelou ainda que antes de morrer Cameron ficou estressado por não conseguir as notas necessárias para se matricular em um curso de jogos na faculdade, mas por outro lado conseguiu ingressar no de Design de Computadores. Em setembro porém, ele não compareceu às aulas, e quando deram falta, ele já foi encontrado sem vida.
Os pais de Cameron mantém um site em que recebem doações, para instituições que atendem pessoas com autismo. É possível ainda deixar mensagens na página. Numa delas, escrita no último dia 21, um dos dois escreve:
“Meu doce garoto. Ontem foi o dia em que finalmente as perguntas foram respondidas sobre o que aconteceu com você. No entanto, sinto que muitas ficaram sem resposta, e mais [outras] foram criadas. Vou continuar lutando por mais. Mais informações, responsabilidade e respostas para revelar toda a verdade do seu sofrimento. Não descansarei até descobrir tudo o que há para saber. E então usarei essas informações para garantir que ninguém mais se decepcione como você. Sinto muito por não poder te salvar. Eu tentei tanto. Você não poderia imaginar o vazio profundo que deixaria para trás. Mas se eu puder salvar apenas mais um jovem como você, talvez eu encontre a paz. Envie-me sua força e coragem, por favor, meu querido. Eu preciso disso agora mais do que nunca. Te amo sempre”.
A reportagem do “Daily mail” procurou o diretor da escola Fareham Academy. Ele disse que a unidade “tem uma política robusta e de tolerância zero sobre o bullying, tomando as medidas proporcionadas necessárias”.