Goiânia – A polícia Civil informou nesta segunda-feira (29) que uma adolescente de 16 anos confessou ter mandado matar o pai, Elpídio Quirino dos Santos Filho, de 41 anos, conhecido como DJ Quirino. Ela disse em depoimento que pediu para o namorado, de 15 anos, cometer o crime, porque era “agredida, oprimida e ameaçada”. Para que o menor organizasse o homicídio, a garota contou que roubou R$ 5 mil da vítima e deu ao namorado. As informações são do G1.
Os dois adolescentes foram apreendidos no dia 16 de maio em Caldas Novas (GO). Eles estavam morando sozinhos em um apartamento. Os dois estão em um centro de internação em Goiânia e confessaram o assassinato. O jovem Franklin Vieira, de 25 anos, também foi preso suspeito de envolvimento no crime. Ele nega.
O DJ foi morto a tiros em novembro de 2016, quando chegava de carro na casa da mãe, na Vila Boa Sorte, em Goiânia. Na época, a Polícia Civil informou que ele estava acompanhado da filha quando foi abordado por um criminoso. A vítima foi atingida por três tiros e morreu no local. A filha escapou ilesa.
Segundo a polícia, Franklin dirigia o carro usado no assassinato. Com ele, estava o namorado da adolescente e outro menor, que ainda não foi apreendido. “O casal estava planejando o assassinato há algum tempo, mas adiantou o homicídio porque, naquele dia, a adolescente disse que levou um tapa no rosto do pai quando saia da escola”, disse o delegado Marco Aurélio Euzebio.
A polícia ainda disse que a filha pegou parte do dinheiro guardado pelo DJ para pagar o namorado. “O pai disse que Quirino guardava cerca de R$ 100 mil em casa, pois estava planejando abrir uma boate. A filha confessou que descobriu onde estava o dinheiro e pegou R$ 5 mil. Ela afirmou que deu o dinheiro para o namorado, o qual afirmou que usou a quantia para comprar o carro e a arma usada no crime”, explicou.
O delegado informou que a mãe da adolescente disse que ela e a filha eram agredidas. Euzebio disse que a mulher também sabia que a filha tinha cometido o crime, mas como ajudou nas investigações, é tratada como testemunha, não como suspeita.
“A justificativa da filha era que estava sendo oprimida e agredida pelo pai. Tanto ela quanto a mãe eram ameaçadas de morte. O DJ dizia que ia matá-las e depois se suicidar”, completou o delegado.
Crime
Após o crime, o delegado Ernane de Oliveira Cazer, que estava no local do homicídio, disse à TV Anhanguera que as informações preliminares apontavam que o criminoso se aproximou em um carro e anunciou assalto. Porém, amigos do DJ já suspeitavam que se tratava de uma execução pelo fato de não terem roubado nada de valor.
Além da adolescente apreendida pela suspeita de cometer o crime, Quirino deixou outra filha. Familiares contaram que ele trabalhava há mais de 10 anos como DJ e alugava equipamentos para outros profissionais. Segundo amigos, DJ Quirino estava prestes a inaugurar uma boate na capital.