Belo Horizonte – Gabriel Alves Lucas do Nascimento (15), sofreu uma mudança dramática, em Minas Gerais (MG), após ter a perna amputada com linha de cerol ou linha chilena, aquelas usadas para soltar pipas e papagaios.
Presenteado pelo fisioterapeuta Fabrício Daniel de Lima, diretor do Instituto de Prótese e Órtese (IPO) Brasil, com prótese provisória avaliada entre R$ 70 mil e R$ 80 mil, que garantirá que Gabriel recupere suas atividades funcionais normalmente.
Pelos próximos 15 dias, o adolescente deve usar a prótese diariamente na clínica com a ajuda do fisioterapeuta. Depois, Gabriel poderá ir para a casa com a “nova perna”.
“Eu sabia que talvez não conseguiria andar hoje. Tenho que ter paciência para adaptar, mas eu estou animado. Se quando eu fiquei sabendo que não tinha minha perna eu só chorei, hoje, não vejo motivos para desistir”, destaca o jovem.
A adaptação deverá acontecer pelos próximos quatros meses quando o garoto irá ganhar uma prótese definitiva para praticar esportes doada pelo prefeito de Betim Vittorio Medioli.
“Ele vai fazer treinamento para a marcha, treinamento de desequilíbrio, dissociação de tronco, de cintura, ele vai andar em terreno irregular, subir rampa e escada. Depois disso, ele vai em casa com a prótese e volta toda a semana”, explicou o fisioterapeuta
A Lei Estadual 14.349 proíbe o uso de linhas cortantes em Minas Gerais, com multa que pode chegar a R$ 1500. Este tipo de linha, usado para empinar pipa, tem poder cortante quatro vezes maior do que o do cerol.