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Advogado é preso dentro de delegacia após discutir com delegado

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Manaus = O advogado Luciano Eduardo de Sousa, 42, foi preso, na manhã desse domingo (28), após, segundo a Polícia, ameaçar de morte a delegada plantonista e brigar com um investigador do 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP). O fato ocorreu na sede na unidade policial, localizada na estrada da Ponta Negra, na Zona Oeste de Manaus.

De acordo com informações do delegado Paulo Benelli, titular do 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP), o advogado foi até à Delegacia para registrar o roubo de sua motocicleta. Entretanto, aparentemente embriagado e, supostamente, alterado por substâncias ilícitas, não conseguiu informar sobre a numeração ou modelo do veículo.

Os policiais plantonistas, informaram que ele teria que ter a numeração da placa para fazer o registro do Boletim de Ocorrência (BO) e, fazer a restrição do automóvel. Os policiais orientaram o advogado a procurar a Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Veículos (Derfv), porém, foram agredidos com palavras de baixo calão.

Na ocasião, o advogado, que é ex – investigador da Polícia Civil, alegou que pagava o salário dos servidores e que eles teriam que dar conta do veículo naquele momento.

Em vários momentos o advogado saiu e voltou para unidade policial, ameaçando a delegada plantonista de morte. Ele dizia que a conhecia e “daria o troco”. Um investigador do 19º DIP tentou conversar com o advogado, mas também foi ameaçado de morte.

Devido as ameaças, o investigador discutiu com o advogado e os dois travaram luta corporal. Luciano tentou retirar a arma do investigador. Durante as agressões, o policial civil foi atingido por um golpe no tendão. O advogado tentou agredir um segundo delegado, que tentou intervir na situação.

O investigador foi conduzido ao Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Joventina Dias, onde levou alguns pontos no ferimento. Com resistência, o advogado foi levado a uma das celas da unidade e, devido estar muito alterado, ainda tentou arrombar o local.

Durante consulta ao Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp) os policiais civis constataram que o advogado, já tem passagem pela Polícia, por ameaça, lesão corporal e cárcere privado contra a ex-companheira, registrado em março deste ano.

O advogado foi indiciado por lesão corporal, vias de fato, ameaça, desacato, injúria, resistência e desobediência. Luciano foi levado para audiência de custódia no fórum Henoch, no bairro São Francisco, Zona Sul de Manaus, após a audiência o advogado foi liberado.

Conforme informações da assessoria da Polícia Civil, Luciano, é ex – investigador da PC, e foi expulso da instituição em 2010, após ter sido indiciado pelo homicídio de um Policial Militar.

 Ordem dos Advogados do Brasil diz que advogado nega versão policial 

O vice-presidente da Comissão Prerrogativa da Ordem dos Advogados do Brasil do Amazonas (OAB-AM), informou que a comissão foi informada sobre a prisão do advogado por volta das 11h de ontem e quando chegaram na unidade encontraram o advogado em um cela e todo ensanguentado.

“O advogado nega a versão da Polícia. Ele afirma que quem foi agredido foi ele. O Luciano teve sua motocicleta, celular e documentos roubados e procurou a delegacia para pedir auxilio, sendo que os policiais não lhe deram nenhuma assistência. Os policiais pediram para ele procurar a Polícia Militar, ele saiu e não encontrou nenhuma viatura, então retornou para o DIP. Ele não nega que ficou alterado, mas justificou que estava desesperado por conta do roubo, pois o assaltante havia colocado a arma na cabeça dele. Ele afirma que foi agredido pelo investigador devido a sua insistência”, falou Allan Jhones.

Ainda conforme o vice-presidente da comissão de prerrogativa, o presidente da OAB-AM solicitou um agendamento para amanhã com o delegado geral da PC, Frederico Mendes, para pedir que a intuição instaure procedimento para apurar as agressões feitas contra o advogado.

“Nenhum cidadão, seja ele advogado ou qualquer outra pessoa pode ser agredido dentro de uma unidade policial. OAB vai tomar as providências penais, para que os agressores sejam punidos com o dever da lei”, finalizou. Com informações Em Tempo.

Expressoam:

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