São Paulo – O cantor Agnaldo Timóteo, em entrevista ao “Programa do Porchat” da quarta-feira (10), foi sincero sobre diversos assuntos, desde funk até política.
Um dos artistas mais experientes do País, durante o bate-papo afirmou não aprovar a postura do juiz Sérgio Moro. “Não gosto dele. Acho que ele foi profundamente, absurdamente parcial; fez de tudo para esconder adversários do Partido dos Trabalhadores; para que não aparecessem escândalos de outros candidatos”, analisa.
Ele também falou sobre o polêmico deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). “Somos amigos pessoais, sem a menor dúvida é um homem de conduta irretocável, mas é preciso que nós informemos ao Jair: ninguém governa sozinho”.
Sobre o tema “Delação Premiada”, o artista se mostrou objetivo. “Nunca fui muito chegado a dedo duro, mas nesse momento as delações são necessárias”.
Para quem não se recorda, Agnaldo se candidatou a vereador do Rio de Janeiro em 2016, mas demorou a aceitar a derrota, pedindo até uma recontagem dos votos. “Levei uma porrada. Queria perguntar o que tinha ocorrido para o Gilmar Mendes, mandei uma carta pra ele: ‘Sr ministro, gostaria de mostrar alguns dados da minha campanha’. Ele nem me deu confiança”, conta a Porchat.
O cantor disse, ainda, que a mídia é “muito perversa” quando idolatra um cantor e depois coloca-o “no limbo” e citou, por acaso, MC Bin Laden. “Vocês consagram um cara da comunidade, que era pobre, depois de um tempo ele desaparece. Vou dar um exemplo. Vocês se lembram de um cara chamado Bin Laden, da música ‘Tá tranquilo, Tá Favorável’?’ Um dia eu estava na Luciana (Gimenez), demorei 40 minutos para entrar porque ele estava dando entrevista. Eu, Agnaldo Timóteo, tendo que esperar. Eu, com 73 discos gravados e milhões vendidos, fiquei esperando o Bin Laden”.
Por Notícias ao Minuto.