MANAUS – AM | Mais um episódio de violência e descontrole emocional protagoniza uma partida de futebol no Campeonato brasileiro. Dessa vez, a polícia militar precisou intervir dentro de campo para conservar a segurança da arbitragem.
Na partida na Arena da Amazônia, pela sexta rodada da série C do brasileirão, na última segunda-feira, os ânimos se exaltaram entre os jogadores e um posicionamento do árbitro Ilbert Estevam da Silva.
Os clubes que se enfrentavam eram o Treze-PB e o time da casa Manaus FC. O jogo se manteve equilibrado e na maior parte do tempo o clube paraibano se manteve à frente no placar com 1 a 0. As coisas começaram a esquentar quando o árbitro deu 10 minutos de acréscimo. Aos 52 minutos do segundo tempo o Manaus conseguiu o empate com gol do atacante Matheusinho.
A partir daí as coisas saíram do controle. Os jogadores do Treze logo trataram de reivindicar a legalidade do gol com o assistente. Eles apontavam que houve impedimento na jogada. Após alguns minutos de bate-boca e sinais claros de exaltação, o batalhão de choque resolveu, em fila indiana, invadir o campo para tentar controlar a situação e evitar maiores danos.
O goleiro do Treze, Andrey, acabou se alterando e partiu para a violência física contra o batalhão. Foram empurrões, socos e pontapés, até que a PM decidiu conter as ações do atleta com golpes de cassetete. Também foi feito uso do spray de pimenta para controlar os jogadores que há mais de 10 minutos demonstravam falta de espírito esportivo e imaturidade profissional.
Como já se deve imaginar, o juiz deu a partida como encerrada. Após se recolherem no vestiário da Arena da Amazônia, o zagueiro Breno Calixto, do time da Paraíba, postou imagens em suas redes sociais tratando de repudiar o trabalho do batalhão de choque. Segundo ele, as marcas de vermelhidão mostradas nas fotos foram causadas por causa da ação policial. “Agressão da polícia despreparada de Manaus. Vergonha, vergonha, e como sempre nada vai acontecer”, disse o jogador.
A declaração postada pelo atleta gerou uma porção de comentários a favor da polícia e cobrando exemplo dos atletas quando estiverem em campo. Outros torcedores apoiaram o time e questionaram a conduta dos profissionais da segurança pública.