MANAUS (AM) – O delegado Daniel Antony informou durante coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (31), que além da morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Garantido, a Polícia Civil também investiga se Maria Venina de Jesus, de 82 anos, também foi drogada e por isso morreu. O caso veio à tona nas redes sociais com a divulgação de áudios reveladores.
De acordo com o delegado, há suspeita de que a idosa tenha sido submetida ao uso de drogas injetáveis. As mídias são analisadas. “Nós temos conhecimento e nós estamos aferindo não só a autenticidade desses áudios, como também as pessoas que ali são referidas”, diz ele.
Um primo da ex-sinhazinha, o médico Paloam Cardoso Novo, acusa na gravação a mãe de Djidja, Cleusimar Cardoso. “Vocês estavam dando droga para a minha avó, uma mulher de 82 anos, com hipertireoidismo, arritmias, osteroporose, depressão. Cleusimar, ou você é muito burra ou o seu vício, a sua droga, é maior do que o amor pela sua mãe”, diz ele.
Paloam diz que o anabolizante Deca Durabolin foi administrado na avó e questiona também os primos, Ademar e Djidja, e a tia, ainda no ano passado. “Eu estou perguntando de vocês três (Djidja, Cleusimar e Ademar), quem autorizou a aplicação de Deca Durabolin de nandrolona na minha avó? Porque eu sou médico e sei o que estou falando. Quem é Bruno? Em que momento ele entrou na minha família e fez isso? Porque me falaram que foi ele que aplicou”, diz ele, se referindo ao ex-namorado da ex-sinhazinha.
A morte de Maria Venina ocorreu no dia 29 de junho do ano passado e não era investigada, já que teria sido morte natural. Com a morte da neta e a divulgação das mídias, a PC-AM passou a investigar. Djidja, Ademar e a mãe, Cleusimar, faziam parte de uma seita chamada “Pai, Mãe, Vida” onde a Ketamina era usada para fins terapêuticos e espirituais.