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Alta cúpula da Polícia Militar nega ter sido informado sobre ameaça de traficantes a policiais envolvidos em desaparecimento de jovens no Grande Vitória

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Manaus –  As ameaças de morte feitas por traficantes do bairro Grande Vitória, zona leste de Manaus, a um grupo de policiais da 4ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) não foram repassadas pelo comando da Cicom ao comando geral da Polícia Militar (PM). A afirmação é do comandante-geral da PM, coronel Augusto Sérgio. Segundo ele, a suspeita é de que a equipe decidiu agir por conta própria e acabou provocando um problema maior ainda.

“Se eles estavam sendo ameaçados e tivéssemos sido informados, poderíamos ter afastado eles ou transferido de área para evitar qualquer problema, mas o que parece é que decidiram agir por conta própria”, afirmou.

Um grupo de policiais da 4ª Cicom é suspeito de ter atuado no desaparecimento de três jovens, no Grande Vitória, entre eles, Alex Júlio Roque de Melo, 25, apontado pela Polícia Civil (PC) como o chefe do tráfico da área e, também, um dos autores do assassinato da líder comunitária Rosenira Soares Souza, de 47 anos, ocorrido no dia 27 de julho deste ano. O trio está desaparecido desde o último dia 29.

A informação de que os policiais estavam sendo ameaçados de morte foi divulgada pelo delegado Ivo Martins, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). Segundo ele, as ameaças foram repassadas aos policiais e também ao comandante da Cicom. A ação dos traficantes e o plano para matar três PMs, entre eles, um dos dez presos suspeitos de envolvimento no desaparecimento do trio, foi identificada por meio de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça.

O comandante-geral da PM explicou que o procedimento correto, no caso de ameaças, era de que o comando da Cicom ou os próprios policiais mencionados nas ligações tivessem repassado a denúncia à cúpula da PM. Mas, segundo ele, isso não ocorreu. A reportagem ligou para o comandante da 4ª Cicom, capitão Marcelo Cruz, mas ele disse apenas que não iria falar sobre o assunto.

Na última terça-feira, dez policiais da 4ª Cicom foram presos, temporariamente, por suspeita de terem atuado no desaparecimento de Alex Júlio, Rita de Cássia Castro da Silva, 19, e Weverton Marinho, 20, e por terem destruído provas relacionadas ao caso. De acordo com o delegado Ivo Martins, a PC ainda está analisando se vai ou não pedir a prorrogação da prisão dos suspeitos. “Estamos analisando se vamos ou não pedir. Se pedirmos, vamos analisar se deveremos pedir de todos, ou só de alguns, mas isso temos até amanhã (hoje) para fazermos, pois é quando se encerra o período dos primeiros cinco dias”, disse Martins.

Com informações D24am. 

Expressoam:

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