MANAUS – AM | O motorista Sérgio Fragoso Monteiro, de 50 anos, morreu durante a Operação ‘Coalizão pelo Bem’ nessa sexta-feira (19), no bairro Vila da Prata. O caso ganhou destaque na imprensa nacional, após a família da vítima pedir Justiça através das redes sociais.
A operação policial busca prender criminosos envolvidos nos ataques em Manaus e no interior entre os dias os dias 5 e 8 de junho, e contou com a ação de policiais no Pará e também no Rio de Janeiro.
A filha do motorista disse que o pai foi baleado pelos policiais dentro de casa, sem ter o direito de se defender. Segundo a filha, o motorista o pai não era envolvido com o tráfico de drogas, não trocou tiros com a polícia nem tentou tirar a arma de um policial.
“Invadiram a nossa casa, já chegaram atirando e somente após isso anunciaram ser Polícia Civil, grupo Fera, por um despreparo, agiram com incompetência, uma operação desastrosa, pois meu marido sempre foi trabalhador e eles o estão tratando como bandido. um crime cruel, pois meu marido em momento algum possuía qualquer tipo de arma, e em momento algum meu marido reagiu, não houve tempo algum para falar algo, ou para se defender. Jogaram o meu esposo como indigente e como bandido dentro do 28 de agosto, não se importaram em prestar socorro em imediato”, denunciou Marcilene Machado, esposa de Sérgio.
GRUPO FERA JÁ FEZ OUTRAS VÍTIMAS INOCENTES; RELEMBRE
Em 2011, um caso semelhante que aconteceu no munícipio de Presidente Figueiredo, também repercutiu nos grandes veículos de comunicação.
O empresário Fernando Pontes, o ‘Ferrugem’, foi morto no dia 12 de maio dentro de casa, com cinco tiros à queima roupa, por policiais da Fera, a força de elite da Polícia Civil do Amazonas. A operação investigava uma rede de pedofilia e exploração sexual de adolescentes com possíveis ramificações na cidade, mas s policiais não tinham mandado de prisão contra Ferrugem.
O vídeo da execução foi exibida no Fantástico.
No vídeo, os policiais aparecem arrombando a porta da garagem. Depois, entram pela sala, param em frente ao quarto e dizem a Fernando Pontes: “não demora, não demora. Deixa a esposa e as crianças aí. Sai com a mão na cabeça”.
O empresário abre a porta e levanta as mãos, tropeça, cai na cama e levanta novamente com as duas mãos na cabeça. Depois é empurrado e cai na cama de novo. Ouve-se o choro dos dois filhos pequenos, que fogem para o banheiro do quarto. Em seguida, cinco tiros são disparados.
Há um corte na filmagem. Depois um revólver calibre 32 aparece na cama. Segundo os policiais, a arma estaria com Fernando Pontes. A família nega que ele tenha tentado reagir.