MANAUS (AM) – Às vésperadas do 56º Festival Folclórico de Parintins, o presidente do boi-bumbá Garantido, Antônio Andrade Barbosa, ameaçou por meio de ofício, nesta segunda-feira (19), retirar o bumbá da disputa. No comunicado, endereçado ao secretário de Estado da Cultura, Marcos Apolo Muniz, ele diz que o Garantido pode não se apresentar caso o Governo do Estado não auxilie a agremiação a quitar os problemas financeiros que vem enfrentando.
No argumento, Antônio Andrade diz que o boi cogitou se apresentar em 2023 mesmo com as dificuldades, mas que a segunda opção é priorizar os pagamentos. Com isso, ficaria inviável se apresentar nas três noites. Ele ressaltou ainda que quer evitar o colpaso iminente, calamidade e até mesmo mortes.
“Diante do cenário e dessas alternativas, fomos obrigados a seguir pela segunda opção, ou seja, pagar todos os funcionários do Bumbá. Isso implica a ausência de condições de nos apresentarmos nas três noites do Festival. Objetiva-se, assim, não só o pagamento dos trabalhadores, mas também evitar o colapso que se aproxima em caso de não cumprimento do acordado com nossos artistas em geral. Trata-se de calamidade iminente, com direito a ameaças de morte e cenário de caos social que deverá afetar não somente o Boi Garantido, mas a cidade de Parintins como um todo”, diz trecho do ofício.
O 56º Festival Folclórico de Parintins acontece no final deste mês, nos dias 30 junho, 01 e 02 de julho (sexta, sábado e domingo). O Garantido recebeu R$13,6 milhões em patrocínio público e privado, mesmo valor que o Caprichoso, mas mesmo assim diz que passa por situação crítica.