MANAUS (AM) – O enterro de Andréia Trindade Pinheiro, de 46 anos, foi realizado na tarde desta terça-feira (27) sob forte comoção no cemitério Nossa Senhora Aparecida, na Zona Oeste de Manaus. Amigos e familiares também realizaram uma manifestação na frente da loja do pai do suspeito do crime, que não se entregou.
Andréia e o marido, muito envolvido nas questões do bairro Alvorada, eram conhecidos e a vítima era pastora. O líder comunitário Mário Ferreira dos Santos pediu justiça e disse que a comunidade não estava acreditando na justificativa dada pelo proprietário da Hilux, que negou a autoria e disse que não estava dirigindo.
“Ele vai querer jogar a culpa para o filho, mas não é, era ele quem estava dirigindo. E soubemos da notícia que ele não estava sozinho, que tinham mais quatro pessoas com ele no carro e não prestaram socorro para ela”, disse o homem, indignado.
Antes do enterro, uma manifestação foi realizada na frente da loja do homem, que fica no bairro Alvorada. Na noite anterior, ela foi pichada com palavras como “assassino”, “covarde”, “justiça”. Uma frase também dizia “Covarde é sal!”.
Nesta tarde, os familiares e amigos anexaram na parede do local, que não abriu as portas, cartazes pedindo justiça e a prisão do suspeito.
Autoria
O delegado titular da Delegacia Especializada em Acidentes de Trânsito, Temistocles Alencar, informou que o proprietário do carro esteve na delegacia e foi ouvido. Ele disse que o filho se entregaria nesta quarta-feira (28), quando já estaria fora do tempo da prisão em flagrante e não poderia ficar preso.