MANAUS (AM) – Após pedir arquivamento do inquérito policial que investiga Rogério Lindoso dos Passos, 30 anos, por estupro conta uma menina de 4 anos dentro do provador de uma loja de um shopping em Manaus, o Ministério Público do Amazonas voltou atrás o apresentou denuncia contra o suspeito.
Estupro contra garota de 4 anos aconteceu em provador da loja Renner, em shopping de Manaus
O homem apontado como suspeito nega o crime.
De acordo com documentos obtidos pela Rede Amazônica, o promotor Fabrício Almeida alega que há indícios suficientes para comprovar a autoria e materialidade do crime, como o relato da vítima, que bateu com o das testemunhas, além do exame de corpo de delito e as imagens do circuito interno da loja de departamentos.
“A agravante do recurso que dificultou a defesa da ofendida, por sua vez, resta demonstrada pela conduta do denunciado, consistente em colocar a mão na boca da ofendida, tapando-a, para impedir que ela respondesse aos chamados de sua mãe ou gritasse por ajuda, sendo esta a única forma de defesa da criança frente ao porte físico do denunciado”, disse o promotor.
O crime aconteceu em março, nas imagens a criança desaparece no corredor de provadores, enquanto a mãe fica procurando a filha, em seguida a menina sai de uma das cabines; a mãe da vítima disse que viu o homem saindo do mesmo local.
“Naquele momento, a criança contou à genitora que o ‘homem’ havia lhe chamado até o provador masculino e a tocado, após levantar a blusa”, narra a peça do MP.
Em abril, o MP-AM pediu o arquivamento do IP, pois o antigo promotor do caso, deu dois argumentos; primeiro que as cadeias de custódias – as filmagens – foram coletadas pela mãe da criança.
“[As imagens foram] utilizadas indevidamente para divulgação da imagem do suspeito, visando sua identificação rápida e sem a atividade investigativa sigilosa do Estado”, disse o MP em nota, na época.
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O segundo argumento era de que não era possível reconhecer que o homem no vídeo era de fato Rogério, desse modo, impossibilitando de continuar a investigação.
Apesar disso, o caso caiu nas mãos do Procurador Geral de Justiça, Alberto Nascimento, que não concordou com o pedido e enviou o caso para uma nova promotoria, que ofereceu denúncia.
A defesa de Rogério ainda não se manifestou.