São Paulo – Citado em delação premiada obtida pela Operação Lava Jato, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Francisco Falcão, pediu ao Tribunal para tirar os dias de férias acumuladas nos últimos dois anos e deverá ficar 79 dias afastado do trabalho logo na primeira semana de setembro, quando termina o seu mandato.
De acordo com a assessoria do STJ, o pedido é que as férias perdurem de 2 de setembro a 20 de novembro, exatamente um mês antes de acabar o ano judiciário, em 20 de dezembro. Caberá ao Conselho Administrativo da Corte aprovar o afastamento, o que só deverá acontecer em agosto, quando termina o recesso de julho do Judiciário.
Delação
Em delação premiada, o ex-senador Delcídio do Amaral afirma que Falcão fez acordos para que um novo ministro fosse indicado ao tribunal, em troca de controle sobre a maioria do colegiado que julga investigados da Lava Jato.
Segundo Delcídio, o indicado em questão era Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, chancelado pela presidente afastada Dilma Rousseff e pelo ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.
A Procuradoria-Geral da República solicitou ao STF investigação da acusação do delator por possível tentativa de obstrução de Justiça. Os envolvidos no suposto esquema, inclusive Falcão, negam as alegações.
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