X

Aposentada cai em golpe e perde R$208 mil ao achar que namorava Johnny Depp

FILE - In this Tuesday, July 14, 2020 file photo, American actor Johnny Depp gestures to the media as he arrives at the High Court in London. The UK High Court has ruled against Johnny Depp in his libel suit against the owner of the Sun newpaper over wife-beating allegation, it was reported on Monday, Nov. 2, 2020. (AP Photo/Matt Dunham, file)

ADVERTISEMENT

SÃO PAULO | Uma brasileira de 61 anos, aposentada, entregou R$ 208,4 mil a um golpista que fingia ser o ator norte-americano Johnny Depp. A mulher, moradora de Osasco, em São Paulo, iniciou em outubro de 2020 uma conversa no Instagram com um falso perfil do ator.

De acordo com o relato que ela fez à Justiça, no princípio, as conversas eram sobre “assuntos do cotidiano”, mas, com o tempo, a pessoa que se passava pelo ator passou a contar “uma história triste de que precisava de dinheiro para o pagamento de condenações em processos nos quais ele estava envolvido”.

À época, o ator estava envolvido em uma disputa judicial com Amber Heard, sua ex-mulher, que o acusara de violência doméstica (em junho deste ano a Justiça deu uma sentença favorável a Depp).

“Junto com a história triste de não ter dinheiro para pagar as referidas taxas, teve início um ‘romance’ onde começaram as promessas do golpista de levar a autora [do processo] para morar com ele”, afirmou à Justiça a advogada que a representa.

De acordo com o processo, a aposentada chegou a realizar uma cirurgia plástica acreditando que iria morar em Los Angeles, nos Estados Unidos. A aposentada disse também ter vendido um carro e uma casa para ajudar o falso Depp. Os depósitos foram feitos no Banco Brasil em uma conta que o golpista disse ser do “amigo brasileiro de seu advogado”.

As conversas com o falso Depp foram interrompidas apenas quando o filho da aposentada a questionou sobre as transferências e descobriu que ela fora vítima de um golpe.

A aposentada entrou na Justiça contra o Banco do Brasil. Afirmou que a instituição permitiu que um golpista abrisse uma conta fraudulenta, “por falta de manutenção e fiscalização”.

O Banco do Brasil se defendeu no processo argumentando que a mulher “transferiu os valores por livre e espontânea vontade”, não tendo interferido nas operações.

Expressoam:

This website uses cookies.