Cairo – Definitivamente, não foi tão excitante quanto o romance vitoriano de H. R. Haggard. As minas não ficavam na África, não eram de ouro, não tinham armadilhas e o que foi achado não foram as galerias, mas um forte onde o minério de cobre era fundido e armazenados. Isto é, a parte mais central do complexo de mineração, e onde ficava armazenado o tesouro retirado de algum lugar próximo. Pela data, podem ter sido ocupadas no reino de Salomão – mas também possivelmente seu predecessor, Davi.
O complexo data do século 10 a.C., batendo com a época estabelecida na Bíblia para o reinado de Salomão (970-931 a.C.) ou Davi (1010-970 a.C.). “A precisão histórica dos relatos do Velho Testamento são discutidas, mas a arqueologia não pode mais ser usada para contradizê-las”, diz Ben-Yosef ao site Sci-News.
A dúvida a que ele se refere é a própria existência de um grande reino em Israel no período. “Ainda que não há nenhuma referência explícita às minas do rei Salomão no Velho Testamento, existe referência a conflitos militares entre Israel e os Edomitas no Vale de Arava [região das minas]”, continua o arqueólogo. “Encontrando agora medidas defensivas – uma fortaleza sofisticadas – entendemos o que estava em jogo nesta região remota: cobre”.
Com informações Revista Aventura na na História.