MANAUS-AM|Já virou natural o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), chorar em todas as entrevistas que concede aos meios de comunicação para falar sobre a atual situação de Manaus na pandemia do novo coronavírus. Em entrevista à BBC News Brasil, o prefeito de Manaus fez varias críticas e gerou polêmica com suas falas. Uma delas foi sobre a recomendação de lockdown, que segundo ele causaria um caos na capital amazonense.
“(Alguém) joga uma pedra em alguém, começa um tiroteio com bala de borracha que pode cegar alguém, começa a reação das pessoas, que vivem uma situação de desespero. Algo que termina dando em tiro, dando em morte”, disse em entrevista ao ser perguntado se aprovava a recomendação.
Arthur ainda citou mais uma vez o episódio em que um familiar de uma das vítimas do coronavírus espancou um coveiro em um dos cemitérios de Manaus. “O coveiro! O coveiro. Se tivesse que espancar, espancasse o governador, espancasse a mim. Mas o coveiro…” , destacou com um semblante abalado.
Segundo Vigílio Neto, o número de mortes na cidade passou da média histórica de 20 a 30 enterros por dia para um pico de 140. “Agora estamos estabilizados em uma média de 120, o que é muito.”, concluiu.
Nessa sexta-feira (8), o Amazonas registrou 628 novos casos de Covid-19, totalizando 10.727 casos confirmados no estado, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM).