Manaus-AM| Morto no dia 30 de agosto de 2017, os acusados de matar o cabeleireiro e maquiador João Felipe de Oliveira Martins, foram condenados a 18 anos de prisão. Somando as penas, os envolvidos acumulam 72 anos de cárcere. João Felipe foi morto a tiros em seu local de trabalho, a mando de José Matheus da Costa Vieira.
O julgamento foi feito pelo Conselho de Sentença da 3ª Vara do Tribunal do Júri, onde foi decidido a condenação de Géssica Alves Alho, Hadyson Rafael Bonates, Dione Costa dos Santos e José Matheus da Costa Vieira. Alana Holanda de Freitas foi absolvida. Diego Sabina de Araújo, que também era réu no processo, teve a punibilidade extinta devido sua morte.
O interrogatório dos réus começou na quarta-feira (4), mas teve que ser suspenso devido o juiz Adonaid ter passado mal. Na manhã seguinte o interrogatório deu continuidade as testemunhas de defesa e acusação.
A Sessão de julgamento popular começou na quarta-feira e foi finalizada com a leitura da sentença nesta sexta-feira, 06, às 21h30. A Sessão foi presidida pelo juiz de direito titular da 3ª Vara do Tribunal do Júri, Adonaid Abrantes de Souza Tavares, com o Ministério Público do Estado do Amazonas sendo representado pelo promotor de justiça George Pestana Vieira e seu assistente Ubiratan George Pinto de Almeida.
Com a condenação, o magistrado manteve a prisão dos réus, Hadyson Rafael Bonates, Dione Costa dos Santos e José Matheus da Costa Vieira, sendo que Alana Holanda de Freitas já cumpriu a pena. Géssica Alves Alho também teve decretada a prisão, porém, pelo fato de ela estar amamentado um recém-nascido ficará em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.
O caso
João Felipe de Oliveira Martins foi assassinado no dia 30 de agosto de 2017, por volta das 15h40, em um salão de beleza localizado na Rua Taraucá, n.º 05, bairro Vieiralves, em Manaus, o cabeleireiro foi morto em seu local de trabalho a tiros de arma de fogo por Diego Sabina de Araújo. Diego teria agido a mando de José Matheus da Costa Vieira, pois trabalha para este no tráfico de drogas.
Matheus teria encomendado a morte da vítima para assegurar a impunidade pelo homicídio de Cristine Martins da Silva, ocorrido em 2011, pois o mesmo era acusado de matar a mulher no terminal de ônibus do Mauazinho. Cristine era irmã de João Felipe de Oliveira Martins, sendo que este era testemunha na ação penal que apura a morte da irmã. Com a eliminação de João Felipe, que era testemunha chave no processo da morte da irmã, Matheus acreditava que pudesse ser absolvido.