Rio – Após muito bafafá e algumas críticas, Bruna Linzmeyer fez um post no Instagram para explicar sua decisão de não depilar as axilas. Na rede social, a intérprete da espevitada Maria de Lourdes, de “O sétimo guardião”, defendeu o direito de mulheres terem pelos no corpo. “Comecei a achar mais que libertador, a achar bonito”, disse ela. As informações são do Extra.
No texto, Linzmeyer conta que começou a fazer depilação muito novinha. “Sempre doeu muito, mas sempre achei que aquilo era o certo e o belo a ser feito”, pontou. “Nos últimos anos, entendendo a construção dessa visão, me esforcei para ver os pelos de outros jeitos possíveis”.
Ela conta que a primeira atitude que tomou foi a de não julgar as mulheres que tinham pelos. “Entendendo que cada uma faz o que tem vontade com seu próprio corpo. Depois, aos poucos, comecei a achar libertadora essa vontade e atitude delas. E me perguntar o que eu realmente queria no meu corpo, nunca antes eu tinha me feito essa pergunta. Por algumas vezes, respondi a mim mesma que preferia raspar. Estava feliz com minha escolha. Mas, mais ainda, estava feliz em poder escolher raspar. Porque, durante todos aqueles anos eu não escolhia, eu só raspava, achava que era obrigatório mulher arrancar os pelos”, disse ela.
A atriz seguiu o post fazendo alguns questionamentos: “Comecei a olhar para os homens e achar estranha essa diferença só por uma questão de serem homens x mulheres. E continuei me perguntando, feliz com meu poder de me perguntar: o que eu quero? o que eu gosto? Um dia essa resposta foi diferente. Fiquei com vontade de experimentar ter eles. Ver eles em mim. Tocar neles enquanto passo creme no corpo. Não ter mais que lidar com aquela dor insuportável, nem com o preço da depilação, nem com o tempo gasto nisso, nem com aqueles chatíssimos pelos encravados. E de um jeito que eu não esperava, comecei a achar muito bonito pelos em mim também. Aprendi que liberdade e amor é respeitar a escolha das outras pessoas, quando essas escolhas não violentam ninguém. E poder acessar meu coração e responder sem amarras: o que eu quero? o que eu gosto? de que jeito me sinto bem?”, escreveu ela, que terminou o texto com a hashtag “livre sim”..