MANAUS, AM – “Eu só senti quando ela me empurrou. Quando eu me virei, eu já fui apanhando literalmente, né? Ela já foi me batendo, me dando socos. Eu não tive nem chance de defesa. Eu me sinto humilhada, é assim que eu me sinto”. Foi assim que a babá babá Cláudia Gonzaga Lima desabafou em rede nacional ontem, (28), ao falar das agressões sofridas no Life Ponta Negra. Ela deu entrevista no Fantástico.
Os autores das agressões, a professora de educação física Jussana Machado e o marido dela, o policial civil Raimundo Nonato, estão presos. O advogado que contratou a babá e tomou um tiro na perda disparado por Jussana, lembrou que a confusão começou antes das agressões. Ygor Coalres foi pressionado pelo casal a demitar Cláudia.
‘”O Nonato e a Jussana me procuraram semanas antes de todo esse ocorrido, alegando que a Cláudia estava fazendo fofoca sobre eles no condomínio. A Cláudia negou veementemente qualquer ato de fofoca e eles ficaram irritados. Eles gostariam que eu demitisse a Cláudia”.
Em um dos vídeos mostrados pelo Fantástico Jussana aparece colocando o dedo na cara de Cláudia. Em outro o casal impede a agredida de entrar no elevador e ainda empurra o carrinho da criança com os pés.
O casal segue preso. A defesa alega que o tiro foi acidental, mas os dois não podem mais morar no condomínio. Ygor e Cláudia acreditam que o casal se sentia superior à babá, por conta da condição social.
“O motivo dos fatos não tem nada a ver com discriminação. Foi a respeito dessa confusão que já havia entre as duas. A violência, nesse caso, ela é injustificável, não tem justificativa para a forma como eles agiram. Mas o disparo foi acidental”, afirma Arthur da Costa Ponte, advogado de Raimundo e Jussana.