MANAUS – AM | A maior novidade da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o próximo ano é aumento de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões no repasse de recursos ao Fundo Eleitoral. O texto foi aprovado nesta quinta-feira (15) por deputados e senadores e vai a sanção presidencial.
A bancada do Amazonas no Congresso Nacional contribuiu com seis votos na aprovação do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022. No projeto, constam R$ 5,7 bilhões para o fundo de campanha política. O Fundo Eleitoral de 2018 foi de R$ 2 bilhões.
A bancada do estado é composta de 11 congressistas, sendo oito deputados e três senadores.
Nas sessões dessa quinta-feira (15), os parlamentares do Amazonas votaram assim: na Câmara, dos oito deputados, votaram a favor da LDO com o fundo bilionário de campanha Átila Lins (PP), Bosco Saraiva (SD), Delegado Pablo (PSL) e Silas Câmara. O único a votar contra foi José Ricardo (PT).
Os ausentes foram o Capitão Alberto Neto (Republicanos) e Sidney Leite (PSD). Marcelo Ramos (PL) não votou.
No Senado, votaram a favor Eduardo Braga (MDB) e Omar Aziz (PSD). Plínio Valério (PSDB) votou contra.
Em muitas bancadas, parlamentares votaram contra a LDO por causa da inclusão do Fundo Eleitoral que teve aumento de aproximadamente 200% em relação ao fundo destinado às eleições de 2018.
Contra e a favor
Contudo, foi no Senado onde o Fundo Eleitoral foi mais discutido, além das severas críticas ao aumento do valor em tempo de pandemia.
Um dos críticos foi o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), vice-líder do partido. Ele afirmou que o registro serviria para marcar a “impressão digital” dos que aprovassem o aumento.
“É um absurdo o que estão fazendo. Em plena pandemia estão possibilitando que se aumente o Fundo Eleitoral. É uma coisa absurda! A imprensa toda já está falando nisso. É um desrespeito à nação”, Guimarães, que orientou o voto não.