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Barrado na porta do banco, deficiente retira a prótese: ‘Nunca fui humilhado assim’

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São Paulo – Um aposentado deficiente físico foi barrado na entrada de uma agência bancária da Caixa Econômica em São Paulo, na última segunda-feira (28), e se sentiu profundamente ofendido. Inconformado, ele tirou a calça, a prótese da perna e, com bastante dificuldade, até tentou entrar novamente quase se arrastando pelo chão.

Gilberto Forti, de 57 anos, disse ter avisado a segurança de que usa uma prótese na perna esquerda e que “surtou” quando se viu impedido de entrar no banco. A Caixa, por sua vez, justificou que ele não esperou a abertura da porta auxiliar.

“Não gosto de escândalos, mas dessa vez foi constrangimento demais”, afirmou Gilberto Forti, de 57 anos, em entrevista ao G1. “Nunca tinha passado por uma humilhação dessas. Trabalhei minha vida inteira e merecia mais dignidade.”

Gilberto precisou amputar a perna há quatro anos, em consequência da diabetes, e é aposentado por invalidez. O incidente desta semana aconteceu em uma agência localizada na Vila Abertina, zona norte de São Paulo.

O homem – que disse não ser cliente da agência em questão, mas já teria ido ao local pelo menos outras quatro vezes – contou que foi ao banco com a esposa e sempre conseguiu entrar após explicar que usava prótese. Dessa vez, porém, o segurança e uma gerente não deram autorização para que entrasse. “Minha esposa levantou minha calça, mostrou a prótese, explicou que eu sou amputado. Mas eles disseram que não me conheciam e não iam abrir”, acrescentou.

Inconformado, Gilberto disse ter “surtado” com a situação e chamou a polícia. “Tirei as calças, tirei a prótese e fiquei de joelhos. Depois sentei e fiquei meia hora ali até a polícia chegar”, completou.

Em nota, a Caixa Econômica Federal justificou alegando que o homem não mostrou a sua prótese e também não aguardou a abertura da porta auxiliar. “O cliente voltou à mesma agência [na quarta-feira, 30] e foi atendido normalmente, sem qualquer transtorno”, completou a administração do banco.

Abaixo, confira a nota enviada pela Caixa:

‘A Caixa Econômica Federal esclarece que utiliza portas automáticas giratórias com detectores de metal em suas agências, de acordo com a Lei 7.102/83, que disciplina o sistema de segurança em estabelecimentos financeiros, em todo território nacional.

As portas giratórias são utilizadas por todos bancos para impedir o acesso de pessoas armadas às agências, e nunca para criar obstáculos aos usuários. O objetivo é proteger os clientes, seus empregados e patrimônio.

Com relação ao caso específico, a CAIXA esclarece que o cliente recusou-se a mostrar a prótese de metal ao vigilante e, antes que a gerência pudesse abrir a porta auxiliar, conforme prevê a regra de segurança, o cliente já havia retirado a prótese.

Hoje, 30 de março, o cliente voltou à mesma agência e foi atendido normalmente, sem qualquer transtorno.’

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