MANAUS-AM| Na manhã desta segunda-feira, a grávida de 39 semanas, Gabrielle da Silva Ribeiro de 21 anos, entrou em trabalho de parto e foi para a Maternidade Ana Braga, no bairro São José, para ver o rostinho da primogênita Ariela. O que ela não esperava era que a filha nasceria sem vida. De acordo com a família, a pequena faleceu por negligência médica.
Ao chegar no hospital, Gabrielle fez os exercícios para facilitar o parto, mas durante o processo, a gestante começou a sangrar e se negaram a operar. Conforme a família, o parto estava marcado para às 5h30 da manhã desta segunda, no entanto só foi realizado às 7h30, já pela médica plantonista de hoje. De acordo com tia de Gabrielle, a recém-nascida nasceu sem os batimentos cardíacos.
Para a família, a morte poderia ter sido evitada se o horário da cirurgia tivesse sido respeitado. Ainda segundo as informações da família, um enfermeiro fez descaso da situação fazendo com que o parto acontecesse apenas em outro plantão.
“A neném nasceu sem vida, toda roxinha. Temos certeza que ela passou da hora de nascer. Ela estava com a cabeça machucada, e suspeitamos que o pescoço tenha sido lesionado. Queremos justiça, isso foi negligência. O laudo da causa da morte diz que a criança morreu de uma parada cardiorrespiratória e isso só confirma o que achamos. Nem o corpo estão liberando para velarmos”, disse a tia.
Os pais da criança disseram que era visível o trabalho da equipe médica desta manhã (14), mas que infelizmente havia sido tarde demais. A médica tentou reanimar várias vezes a recém-nascida, mas não obteve sucesso.
Em nota, a Secretaria de Estado do Amazonas (SES-AM) lamentou o ocorrido e informou que a direção da maternidade vai abrir sindicância para investigar os procedimentos adotados pela equipe de profissionais durante o atendimento da paciente.
Eles explicaram ainda, que a paciente deu entrada na unidade às 01h46 da manhã desta segunda-feira (14), com 39 semanas de gestação, sendo acompanhada pela equipe médica e de enfermagem até o momento do parto, às 07h50. A criança nasceu sem batimentos cardíacos, tendo sido realizado procedimento de reanimação após o parto por cerca de 20 minutos, mas não houve sucesso.
A SES-AM informou ainda, que a família recebeu toda a assistência por parte da equipe de Assistência Social da unidade sobre como proceder diante do caso.