BRASIL | O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou sobre o assassinato de um petista por um apoiador. Na noite desse domingo (10), o chefe do Executivo republicou uma mensagem de 2018 e disse que dispensa o apoio de quem pratica violência contra opositores.
Bolsonaro disse também que espera seriedade na apuração do crime e que as autoridades “tomem todas as providências cabíveis”, mas não se solidarizou com a família da vítima e nem lamentou o caso.
O presidente continuou e se eximiu de responsabilidade após ser acusado, nas redes, de incitar o ódio e ter relembradas imagens dele, também de 2018, falando para apoiadores em “fuzilar a petralhada”.
“Falar que não são esses e muitos outros atos violentos, mas frases descontextualizadas que incentivam a violência é atentar contra a inteligência das pessoas. Nem a pior, nem a mais mal utilizada força de expressão será mais grave do que fatos concretos e recorrentes”.
PRESIDENTE JÁ INSINUOU VIOLÊNCIA CONTRA PETISTAS
O Brasil tem assistido, nos últimos dias, diversas ações de violência praticadas por apoiadores de Jair Bolsonaro e respaldadas pelos discursos de ódio propagados pelo candidato, um político que considera razoável disseminar falas que ataquem diferentes grupos sociais, desde seus opositores até as minorias.
Um dos exemplos de discurso violento feito pelo candidato aconteceu durante um de seus comícios, no Acre, em 2018. “Vamos metralhar a petralhada”, disse Bolsonaro, enquanto utilizava um tripé de câmera para simular uma arma.
No dia 21 de outubro do mesmo ano, em uma participação virtual de um ato de apoio à sua candidatura na avenida Paulista, em São Paulo, Jair prometeu “uma limpeza nunca vista na história desse Brasil” após eleito. “Vamos varrer do mapa esses bandidos vermelhos do Brasil”.
O atual presidente não é o único político que fomenta a intolerância, mas é aquele que incentiva tanto a intolerância quanto o armamento de seus seguidores. As duas coisas juntas são uma mistura mortal. O presidente facilitou o acesso a revólveres, pistolas, rifles e munição, além de sistematicamente defender que a população pegue em armas para defender o que acredita ser o certo. (Fonte: Leandro Sakamoto, para a UOL).