SÃO PAULO (Reuters) – O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, cresceu mais de 7 pontos percentuais no critério de votos válidos e agora soma 42,6 por cento, enquanto o petista Fernando Haddad aparece com 27,8 por cento neste critério, apontou pesquisa CNT/MDA divulgada neste sábado, véspera do primeiro turno da eleição presidencial.
Na pesquisa anterior, Bolsonaro tinha 35,3 por cento dos votos válidos, enquanto Haddad aparecia com 31,5 por cento. O critério de votos válidos desconsidera os votos brancos e nulos e é usado na contabilização oficial dos votos pela Justiça Eleitoral. Para vencer já no primeiro turno, um candidato precisa conquistar metade mais um dos votos válidos.
Ainda pelo critério dos votos válidos, Ciro Gomes (PDT) aparece com 11,5 por cento, ante 11,8 por cento na pesquisa anterior do instituto MDA encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), enquanto Geraldo Alckmin (PSDB) soma 6,7 por cento, ante 9,2 por cento.
Pelos votos totais, Bolsonaro tem 36,7 por cento (28,2 por cento na anterior), Haddad soma 24 por cento (25,2 por cento), Ciro aparece com 9,9 por cento (9,4 por cento) e Alckmin fica com 5,8 por cento (7,3 por cento).
Amoêdo soma 2,3 por cento (2 por cento), Marina tem 2,2 por cento (2,6 por cento), Dias tem os mesmos 1,7 por cento da pesquisa anterior, Meirelles aparece com 1,6 por cento (2 por cento) e Daciolo registra 1,3 por cento (0,7 por cento).
Brancos e nulos somam 7,8 por cento, eram 11,7 por cento na pesquisa anterior, e o percentual de indecisos é de 6 por cento, ante 8,3 por cento no levantamento anterior.
SEGUNDO TURNO E REJEIÇÃO
O levantamento simulou ainda um segundo turno entre Bolsonaro e Haddad. O candidato do PSL teria 45,2 por cento, contra 38,7 por cento do petista. Na pesquisa anterior, realizada entre 27 e 28 de setembro, Haddad vencia por 42,7 por cento a 37,3 por cento de Bolsonaro.
Em um eventual segundo turno contra Ciro, o candidato do PSL aparece numericamente à frente, mas em empate técnico dentro da margem de erro que é de 2,2 pontos percentuais –41,9 a 41,2 por cento. Contra Alckmin, Bolsonaro venceria –43,3 a 33,5 por cento.
Já Haddad perderia para Ciro –40,9 a 31,1 por cento– e aparece numericamente à frente de Alckmin, mas em empate técnico dentro da margem de erro –37 a 34,3 por cento.
O levantamento também indagou sobre a rejeição dos candidatos. De acordo com o MDA, Haddad é o mais rejeitado com 53,2 por cento, enquanto Bolsonaro tem índice de rejeição de 50,2 por cento. Alckmin é rejeitado por 46,9 por cento, e Ciro por 33,4 por cento.
A pesquisa ouviu 2.002 pessoas entre quinta-feira e sexta-feira em 137 municípios. As formações são do jornalista Eduardo Simões da Reuters.