MANAUS – Entra as oito vítimas da tragédia da noite deste domingo (12), em Manaus, estão mãe e filha que foram encontradas mortas abraçadas na rua Rua Pingo D’água, Comunidade Nova Floresta, bairro Jorge Teixeira, onde o deslizamento de um barranco causou uma tragédia humanitária na capital do Amazonas. O nome das vítimas ainda não foi divulgado.
De acordo com o prefeito David Almeida, a maioria dos moradores são venezuelanos. O deslizamento ocorreu por volta das 21 horas, e desde então equipes estão no local em busca de desaparecidos. O número total também não foi confirmado.
As secretarias municipais de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg), de Infraestrutura (Seminf), Assistência Social (Semasc) e de Limpeza Urbana (Semulsp) e Corpo de Bombeiros iniciaram junto com os moradores, que o prefeito classificou como “verdadeiros heróis”, uma força-tarefa para tentar encontrar sobreviventes. A Semasc deu abrigo às famílias de casas próximas ao local do deslizamento.
A Seminf atua, de forma emergencial, no deslizamento de terra, em função das fortes chuvas que atingiram a cidade de Manaus neste domingo. As equipes trabalham manualmente e com auxílio de retroescavadeiras no local.
Área de risco
O desmoronamento do barranco no Jorge Teixeira ocorreu em uma área de risco e atingiu aproximadamente 11 casas, que ficavam na parte debaixo do barranco. Nesta parte da cidade, foram 96 milímetros de chuva, muito acima da média.
Conforme levantamento das equipes da Seminf, as chuvas intensas e concentradas em um curto período tornam as encostas suscetíveis aos deslizamentos. O aumento repentino no volume de água recebido pelo solo íngreme provoca o encharcamento do talude e a consequência são os deslizamentos de terra.