Rio – A ginástica artística do Brasil teve um dia histórico nos Jogos Olímpicos. Diego Hypólito e Arthur Nory tiveram um domingo memorável e conquistaram as medalhas de prata e bronze, respectivamente, no solo. O ouro ficou com o britânico Max Whitlock.
Diego Hypólito é bicampeão mundial no solo, mas tinha um trauma de nunca ter conseguido repetir o mesmo desempenho na final olímpica. Em Pequim 2008, ele caiu na final e ficou sem medalha. Já em Londres 2012, a queda aconteceu ainda nas eliminatórias e sequer conseguiu a vaga para disputar um lugar no pódio.
“Eu quero falar que consegui essa medalha porque muita gente acreditava em mim. A gente está tendo uma Olimpíada que é esperança para muitas pessoas. Foram três Olimpíadas, a primeira caí de bunda, a segunda eu caí de cara e agora caí de pé. Quando a gente cair, temos chances de levantar e passar por cima de cada obstáculo”, comentou, em entrevista ao Sportv.
Na apresentação, Hypólito tinha a mesma dificuldade do britânico, tirou 0.100 a menos e ficou com 15.533, mas nada que tirasse a emoção na hora de subir ao pódio. “Todas as pessoas que acham que não podem, elas podem sim, independente da modalidade e é possível realizar o sonho. Eu tenho tanto amor por isso e é um sonho realizado. Agora, vou treinar até Tóquio”, afirmou.
Já Arthur Nory não era considerado favorito para medalha, mas teve uma apresentação impecável com dificuldade pouco menor em relação aos seus adversários. Entretanto, o desempenho não teve nenhum erro e levou a nota de 15.433.
“Eu venho batendo na trave há algum tempo e sempre em 4º lugar. Falei para meu treinador antes da final que do 4º ao 8º lugares é a mesma coisa e não vai estar no pódio. A minha série na classificatória não é para disputar medalha e ele confiou em mim. Eu vim para ser protagonista e deu tudo certo. A gente trabalhou nessa série mais difícil e Olimpíada só tem de quatro em quatro anos”, declarou.