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Cães pitbulls fogem de casa e arrancam patas de cadela; tutor ficou revoltado

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SAMAMBAIA NORTE (DF) – Uma cadelinha da raça Shih-tzu teve as duas patas arrancadas após ser atacada por dois cachorros Pitbulls que fugiram da casa de seu tutor. O caso aconteceu no último domingo (24), em Samambaia Norte, Distrito Federal, mas as imagens repercutiram na internet essa semana, após o desabafo do dono.

De acordo com o professor Ailton Amaral, que é tutor da cachorrinha batizada de Daiane, ele acordou durante a madrugada com os gritos dela. “Fiquei tentando tirar com o cabo de vassoura e o cachorro não largava”, disse.

Ainda segundo o professor, foi preciso um outro vizinho, que acabou vendo a cena, usar uma barra de ferro para espantar os animais. “As patas foram arrancadas, a de trás tem só osso”, detalhou Ailton.

“E se tivesse uma criança na rua? O cachorro ficaria ali solto?”, questionou indignado e ao procurar o dono dos animais.

Daiane foi levada às pressas para o veterinário e precisou ficar em observação. Ela passou por cirurgia para amputar as patinhas, que já tinham sido parcialmente arrancadas durante o ataque.

O caso foi registrado na 26ª Delegacia de Polícia Civil. O dono, um vizinho do professor, alegou que assim que soube que seus cães haviam fugido, foi procurá-los e ao localizá-los os trancou no canil. Ele disse ainda que havia uma pane mecânica no portão elétrico.

“São cães de guarda, que ficam o dia preso no canil e à noite ficam livres para proteger a casa. Acontece que teve uma pane e o portão abriu e os cachorros fugiram”, disse o professor Carlos de Souza Maciel, e confessou que os pitbulls são do irmão dele, afirmando que essa é primeira vez que algo assim acontece.

Carlos se comprometeu a arcar com todas as despesas médicas de Daiane, que tem 9 anos, e está na família há 8, quando chegou ao lar como um presente de Ailton para a mãe. “Eu dei para minha mãe, porque ela ficava sozinha em casa, e era para fazer companhia”, conta. Há dois anos, a mãe do educador morreu, de Covid, e os filhos ficaram responsáveis pelo animal.

“Foi a recordação que minha mãe deixou”, contou a servidora pública Eliete Amaral, irmã de Ailton. “Ela nos pediu no leito de morte para cuidar da Daiane”.

Colaboração para o Expresso AM, em Manaus:

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