Belo Horizonte – Um cirurgião-dentista e uma enfermeira estão causando polêmica após sair no Carnaval de Belo Horizonte com fantasias fazendo alusão ao atentado sofrido pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), quando ainda era candidato (relembre aqui). Após as imagens – e consequentes críticas – invadirem a internet, o Hospital Belo Horizonte emitiu uma nota de repúdio, já que a mulher já trabalhou na unidade. As informações são do BHAZ.
A foto que viralizou mostra a enfermeira, de 26 anos, segurando uma faca falsa aparentemente presa a uma camisa da Seleção Brasileira de futebol, usada pelo cirurgião-dentista. O rapaz usa também uma máscara de Bolsonaro. Por fim, a camisa tem uma mancha vermelha em alusão ao sangue.
A fantasia faz ilusão ao atentado que o hoje presidente da República levou em Juiz de Fora, no dia 6 de setembro do ano passado. Nas redes sociais, internautas cobraram uma punição do Hospital Belo Horizonte e do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG).
“O que ela conseguiu no Carnaval foi forçar a pessoa q ela marcou na foto e que está fantasiado Bolsonaro Esfaqueado, a apagar as redes sociais. Na certa devia estar recebendo muitas mensagens de apoio e elogios #sqn. Inteligência, a gente vê por aqui!”, disse um internauta que compartilhou a foto.
“Como vou me consultar com uma enfermeira que brinca com assassinatos de pessoa”; “O silêncio do Coren tornará cúmplice de uma atitude desumana, em que supostamente a enfermagem deveria zelar pela vida e o Coren fiscalizar os profissionais”, escreveram internautas na página do Coren-MG.
Contudo, algumas pessoas enxergaram o ocorrido apenas como uma brincadeira, e pedem para encerrar a “caça às bruxas”.
“Com todo o respeito, podia ser que ela ainda fosse enfermeira do hospital, tivesse uma família para sustentar e fosse demitida por causa de piada de Carnaval com o Bolsonaro. Tem uma linha tênue entre as denúncias e a caça às bruxas”, escreveu outra pessoa.
Posicionamento oficial
O Hospital Belo Horizonte emitiu uma nota afirmando que “a profissional em questão não faz mais parte do quadro de funcionários desta instituição há algum tempo”. De acordo com a unidade de saúde, a jovem não atualizou sua rede social, na qual ainda tinha o hospital como seu emprego.
A administração ainda disse que é “totalmente contra” e não compactua “com qualquer tipo de incitação ao ódio e a violência”. Segundo o local, medidas cabíveis estão sendo estudadas, já que a imagem da instituição está sendo vinculada com o caso.
O BHAZ tentou contato via telefone com a enfermeira e o Coren-MG, mas não foi atendido – a reportagem não conseguiu identificar o homem presente na foto. Assim que tivermos um posicionamento oficial do órgão, a matéria será atualizada.