MANAUS (AM) – A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM) e a Polícia Civil do Amazonas detalharam, nesta segunda-feira (08), a solução do crime praticado contra a venezuelana Julieta Inés Hernández Martínez, de 38 anos. O casal Deliomara dos Anjos Santos, de 29 anos, e Thiago Agles da Silva, de 32 anos, já tinha cometido um crime parecido, mas em Manaus, e polícia suspeita ainda que Julieta foi enterrada viva.

De acordo com a polícia, na capital, Thiago roubou uma mulher e a esposa, Deliomara o ajudou. Na época, eles obrigaram a vítima a transferir R$ 1,5 mil e nada pior aconteceu com a mesma porque um vizinho chegou na hora.

No caso da artista venezuelana, o crime ocorreu no município de Presidente Figueiredo (a 117 quilômetros de Manaus) e o casal vai responder pelos crimes de ocultação de cadáver, latrocínio e estupro.

De acordo com o secretário de Segurança Pública, coronel Vinicius Almeida, o crime foi elucidado em menos de 48 horas, mas polícia não descarta que a venezuelana foi enterrada por Deliomara quando ainda estava viva. “Segundo o que a Deliomara falou, o Thiago ‘apagou’ a vítima algumas vezes com golpe mata-leão”, explicou.

A mulher também falou, em depoimento, que o marido estuprou a vítima com as luzes apagadas e quando ela acendeu novamente, viu a cena e ficou com ciúmes, por isso ateou o fogo.

Julieta foi enterrada numa cova feita pela mulher, que não sabia se a vítima ainda estava morta ou viva de fato.

O delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres, se solidarizou com familiares e amigos de Julieta Hernández. A autoridade policial informou que esse caso foi praticado com requintes de crueldade e a Polícia Civil agiu de forma célere para solucioná-lo.

“As equipes policiais agiram rápido e foi possível concatenar todas as circunstâncias e encontrar o corpo desta vítima. Parabenizo os policiais da 37ª DIP pelo excelente trabalho e ressaltar que a população pode contar com o trabalho da Polícia Civil e do Sistema de Segurança”, salientou Torres.

A identificação do corpo foi realizada por meio do procedimento de necropapiloscopia, pelo Instituto de Identificação Aderson Conceição de Melo (IIACM) com apoio da equipe técnica do Instituto Médico Legal do Amazonas (IML).