MANAUS (AM) – Cleusimar Cardoso, mãe da ex-sinhazinha Djidja Cardoso, encontrada morta no dia 28 de maio, queria fazer atendimentos espirituais da seita “Pai, Mãe, Vida” e pretendia comprar um terreno com essa finalidade ao público. A informação foi confirmada pelo delegado Cícero Túlio, do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), responsável pela investigação sobre o uso do tráfico do anestésico Cetamina.
Em entrevista ao canal Beto Ribeiro, no YouTube, o delegado informou que todos os presos durante a operação Mandrágora, inclusive Djidja, quando ainda viva, estavam em um grupo no WhatsApp onde comentavam sobre a seita.
“Eles pretendiam comprar um terreno para fundar uma espécie de comunidade, onde todas esses ditames acerca das Cartas de Cristo [livro usado durante a seita] com a utilização dessas medicações seriam promovidas neste local. Chega-se ao ponto em que, em uma determinada conversa, a Cleusimar comenta com a Verônica que teria interesse em fazer uma espécie de atendimento ao público nos moldes do líder religioso Chico Xavier”, afirmou o delegado.
Cleusimar acreditava que conseguiria curar as pessoas com o uso da Cetamina, atingindo a plenitude espiritual e saindo “da matrix”, como eles falavam. Por isso, queria criar um espaço físico, nos moldes do Santo Daime e outros grupos religiosos. Era comum vê-la nas redes sociais falando que “Pai, Mãe, Vida cuida” em algumas postagens.
As informações foram obtidas por conta da quebra de sigilo dos aparelhos celulares de Cleusimar, Ademar (o filho e irmão de Djidja), Bruno Roberto (namorado de Djidja) e Hatus Silveira, que conseguiu indicar a clínica para a compra com facilidade da droga.
Onze pessoas no total foram presas, no entanto, os maquiadores Claudiele Santos e Marlisson Vasconcelos estão respondendo em liberdade e com o uso de tornozeleira eletrônica.