MANAUS – AM | Oito testemunhas de defesa devem ser ouvidas nesta segunda e terça-feira (25 e 26) com a audiência de instrução do homicídio do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, ocorrido em setembro de 2019. A retomada dos trabalhos será com o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus, Celso de Paula, por volta das 9h, no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis.
A audiência vai acontecer de modo presencial com as testemunhas que ainda não foram ouvidas. Também haverá o interrogatório dos cinco réus. Pela ordem, o juiz Celso Souza de Paula vai ouvir as testemunhas de defesa e, por último, fará o interrogatório dos réus. De acordo com o magistrado, serão interrogados primeiro os réus presos e depois os que respondem em liberdade.
No dia 28 de setembro, a audiência foi suspensa por determinação do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo pedido da defesa dos réus. No ano passado, foi marcado o início da fase de audiência de instrução, que seria nos dias 25 e 26 de novembro, mas, à época, o Juízo remarcou para dezembro de 2020 a pedido da defesa dos réus para que esta tivesse acesso às mídias que se encontravam com o Ministério Público Estadual. A nova data foi marcada para 15 de dezembro de 2020, mas também sofreu alteração e desde então nenhuma audiência foi realizada.
Neste ano, a retomada das audiências seria nos dias 27, 28 e 29 de julho para ouvir as testemunhas indicadas pelo Ministério Público e a defesa. O trabalho chegou a ser iniciado, mas como algumas testemunhas de defesa não foram localizadas, a audiência foi remarcada.
O crime
O engenheiro Flávio Rodrigues foi morto no dia 29 de setembro de 2019, após uma festa na casa de Alejandro Molina Valeiko, enteado do então prefeito de Manaus, Arthur Neto, filho da ex-primeira dama, Elizabeth Valeiko.
De acordo com a polícia, Alejandro consumia bebidas alcoólicas e drogas junto com os amigos e, durante a madrugada, começou uma discussão que acabou em agressão física e na morte de Flávio, que foi esfaqueado e teve o corpo jogado em um terreno no bairro Tarumã, Zona Oeste.
O policial militar Elizeu da Paz de Souza, lotado na Casa Militar da Prefeitura de Manaus, era segurança de Alejandro e dirigiu um carro alugado da Prefeitura que foi utilizado para transportar o corpo do engenheiro. Segundo a polícia, foi o PM que foi até a residência como forma de esconder o crime.
Com informações da Divisão de Divulgação e Imprensa do Tribunal de Justiça do Amazonas