Manaus – A advogada Martha Gonzalez, que defende seis dos sete policiais militares suspeitos de terem envolvimento no desaparecimento de três jovens, em outubro do ano passado, na comunidade Grande Vitória, bairro Gilberto Mestrinho, na zona leste de Manaus, informou que solicitou a soltura dos policiais para que os suspeitos respondam ao processo em liberdade.
Os PMs da 4ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) estão presos em quartéis da Polícia Militar (PM), na capital, suspeitos de serem responsáveis pelo desaparecimento da operadora de caixa Rita de Cássia Castro da Silva, 19, Alex Júlio Roquer de Melo, 25, e Weverton Marinho Gonçalves, 21.
Para argumentar o pedido de soltura dos policiais, a advogada afirmou que o histórico do GPS da viatura da PM, envolvida no caso e apontada na investigação da Polícia Civil (PC) como veículo usado pelos policiais militares para abordar os jovens, aponta que os policiais não estiveram no local onde os jovens desapareceram.
“A maior prova realmente é o fato do GPS mostrar que os policiais militares não estiveram no local e, por isso, estou aguardando resposta pela soltura deles”, afirmou a advogada Martha.
Revolta
Representando os parentes dos três jovens desaparecidos, a diarista Arlete Martins Roque, 47, classificou como “revoltante” a possibilidade dos policiais militares serem soltos. “Isso é um absurdo, é injusto. Ela quer tirar eles (policiais militares) do crime, mas foram eles que fizeram sim”, disse Arlete. O processo está em andamento, em segredo de Justiça, no Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM).Com informações D24am.