Manaus – Mesmo com dificuldade na conclusão do laudo pericial realizado pelo do Instituto de Criminalística do Departamento de Polícia Técnico-Científica que aponta a dinâmica do assassinato do advogado Wilson Justo Filho, a juíza Mirza Telma, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, aceitou o pedido do Ministério Público do Estado e tornou o delegado Gustavo Sotero, em réu por homicídio triplamente qualificado.
O delegado é acusado de matar com quatro tiros o advogado e ferir outras três pessoas na madrugada do dia 25 de novembro, nas dependências do Porão do Alemão.
Na decisão, a magistrada ressaltou que “não existe nenhuma circunstância plausível para não aceitar a denúncia”, pois, segundo ela, “há gravações que comprovam a autoria e materialidade da prática delitiva”.
A defesa de Sotero tem dez dias para responder às acusações feitas pelo Ministério Público, caso isso não aconteça, , um defensor público deve representar o delegado para garantir a ampla defesa do réu.
Alteração na cena do crime
A perícia chegou no local do crime às 9h20 do dia 25 de novembro conforme consta nos autos do processo judicial, a área onde seria realizado o exame estava sendo limpa por funcionários do Porão do Alemão, que ao serem questionados informaram que um delegado, foi até o estabelecimento, logo após o crime, e liberou o local alegando insuficiência de autoria de ação criminosa.
Com isso vestígios que possam auxiliar na elucidação do crime não foram preservados devido à alteração e falta de isolamento adequado no local”,ressalta um trecho extraído do laudo pericial.
Entretanto a juíza Mirza Telma, solicitou que o IML e o Pronto-Socorro 28 de Agosto enviem à Justiça os principais laudos e exames das vítimas para a conclusão do caso.