Preso no Centro de Detenção Provisório Masculino (CDP 1) no KM 7 da BR-147, Kaio Claudino de Souza, de 25 anos, voltou atrás e negou ter matado Silvanilde Ferreira Veiga, de 58 anos, servidora do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Ele diz que foi preso no momento em que estava muito drogado e ficou abalado com a prisão.
A mudança de versão foi dada na manhã desta sexta-feira (3) ao advogado de defesa, Samarone Gomes. De acordo com o defensor, Kaio disse que foi preso pela equipe da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) quando havia consumido drogas novamente.
Abalado, ele acabou confessando. No entanto, após a prisão e já sem o efeito do entorpecente, voltou a ter consciência dos fatos do dia e disse que nunca sequer entrou no apartamento da vítima, que levou 12 facadas no pescoço.
O agente de portaria foi preso na terça-feira (31) e para a DEHS não há dúvidas de que ele cometeu o crime. Imagens do circuito de vigilância dos elevadores do condomínio mostram Kaio agitado. No entanto, no hall dos apartamentos não há câmeras.
Quando foi preso, o agente chegou a dizer que cometeu o crime sob muito efeito de “pó” (cocaína). Ele chegou a dizer, ainda, que tinha dado apenas uma facada por acidente e que só queria roubar Silvanilde, que teve o celular levado.
O aparelho foi jogado posteriormente nas imediações do Carrefour da Ponta Negra e a Polícia Civil ainda não o localizou.
Kaio teve a prisão temporária de 30 dias homologada pelo juiz Caio Cesar Catunda de Souza, no início da noite de quarta-feira (1), em consonância com o parecer do Ministério Público Estado do Amazonas (MPE/AM).
A defesa requereu que ele respondesse o processo em liberdade provisória ou que fosse determinado a sua internação compulsória para tratamento por ser dependente químico.