MANAUS (AM) – Após a defesa do agente de portaria Caio Claudino, apontado como autor do crime de assassinato contra a servidora Silvanilde Ferreira Veiga, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), dizer que ele mudou a própria versão e afirma não ter matado a vítima, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) divulgou uma nota sobre o caso, nesta segunda-feira (6).
A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), por meio da Polícia Civil, informou que a polícia tem, além da confissão de Caio, outros elementos que corroboram com a tese de que ele é o autor e único suspeito do crime.
Ainda segundo a PC, existem outros “elementos” que reforçam que Caio “tirou a vida da servidora federal”. No entanto, a especializada não entrou em detalhes da investigação, uma vez que ele corre em sigilo na justiça.
A afirmação vem após a defesa do suspeito, feita pelo advogado Samarone Gomes, dizer na última sexta-feira (3) que Caio deu outra versão para ele no Centro de Detenção Provisória (CDP), onde está preso.
O agente de portaria estava no local há três dias e, sem poder usar drogas, ele disse que conseguiu se lembrar detalhadamente dos fatos e afirmou nem ter entrado no apartamento de Silvanilde, que levou 12 facadas. Ele também negou tê-la ferido.
Segundo Samarone, quando Caio foi preso ele estava drogado, já que seria usuário de drogas e viciado em cocaína. “Ele ficou muito alterado e acabou confessando. Mas no dia não falava ‘coisa com coisa’. Falei que ia esperar passar esse estado dele e quando fui ontem (sexta), a narrativa dele mudou”, explicou o advogado.
A defesa levantou suspeitas sobre as imagens das câmeras de segurança. Para Samarone, pela quantidade de facadas era para o agente de portaria estar mais sujo de sangue e não apenas com uma mancha no cotovelo.
“Nas câmeras aparece, ele entrando e saindo. Ele entra no andar dela e depois ele sai. Se você olhar as imagens do elevador, não tem um pingo de sangue. A mancha [de sangue] no braço aparece depois, na moto, ele dirigindo. No elevador não tem nada. No caso de corte na jugular o sangue pode espirrar em até dois metros”, argumentou.