MANAUS (AM) – A audiência de instrução do homicídio que vitimou o sargento do Exército Lucas Ramon Guimarães, em 2021, no bairro Praça 14 de Janeiro, Zona Sul de Manaus, iniciou nesta quinta-feira (7). Entre os seis réus está o dono do Supermercado Vitória, Joabson Agostinho Gomes, além de Silas Ferreira da Silva, Romário Vinente Bentes, Kayanne Castro Pinheiro dos Santos, Kayandra Pereira Castro e Kamylly Tavares da Silva.
O crime ocorreu em setembro de 2021, em uma cafeteria de propriedade de Lucas, na Praça 14. Câmeras de segurança registraram o momento em que um homem, apontado como Silas, entrou no estabelecimento e executou o militar, fugindo em seguida, dirigindo uma motocicleta.
Os réus são acusados do crime de homicídio qualificado (praticado por motivo torpe, com uso de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima). Conforme a denúncia do Ministério Público, a motivação do crime seria um relacionamento extraconjugal entre o sargento (que era casado) e a mulher do empresário Joabson Agostinho Gomes, apontado na denúncia como mandante da morte de Lucas.
Na época do crime, Joabson e a esposa, Jordana Azevedo Freire, foram apontados como os mandantes e foram presos. Eles conseguiram habeas corpus, mas em 2022 voltaram à prisão. No dia 19 de fevereiro, deixam a prisão após decisão da justiça. Em janeiro deste ano, o Tribunal de Justiça do Amazonas rejeitou a denúncia do Ministério Público contra Jordana que respondia em liberdade pelo processo.
A audiência, realizada no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, está sendo presidida pelo juiz de direito titular da 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, Fábio Lopes Alfaia.
A primeira testemunha a ser ouvida foi a esposa da vítima com início às 9h45. Pelo número de testemunhas e réus a tendência é que a audiência se estenda até esta sexta-feira (08).
Pela ordem, serão ouvidas as testemunhas apontadas pelo Ministério Público e, em seguida, aquelas arroladas pela defesa. A previsão é ouvir todas as testemunhas neste primeiro dia de audiência, ficando o interrogatório dos réus para o dia seguinte.