BRASIL – O detento Luiz Paulo da Silva Pereira precisou passar por cirurgia de reconstrução facial ao ter o rosto desfigurado após levar dois tiros de bala de borracha no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) da Papuda, em 2 de março. Os disparos foram feitos por policiais penais.
Os colegas da ala H estariam revoltados e fizeram fotos do rosto do detento. No entanto, celulares ou outros aparelhos são proibidos dentro do sistema prisional.
A família do detento anunciou que entrará na Justiça contra o que alega ter sido “uso excessivo da força”. Depois de passar pelos procedimentos médicos, o presidiário retornou ao CPP. A advogada do detento pediu que ele fosse transferido ao regime domiciliar depois das agressões, com uso de tornozeleira eletrônica, mas a solicitação foi indeferida pela juíza da Vara de Execuções Penais (VEP), Leila Cury.
De acordo com a polícia, foi necessário uso de armamento não letal para separar uma briga de facas entre os apenados. “Durante a intervenção, o reeducando foi atingido em seu nariz por instrumento de menor potencial ofensivo (bala de borracha), fato que lhe causou lesões e encaminhamento a hospital“, diz o texto da polícia, assinado em 9 de março.
Todavia, a defesa do interno nega essa versão e alega que os detentos estavam arrumando a cama das celas quando começaram os tiros.