RIO DE JANEIRO| O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Allan Turnowski, admitiu nesta quinta-feira (9), pela primeira vez seguir uma única linha de investigação para apurar o desaparecimento de três meninos há quase oito meses em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Conforme Turnowski, os menino, supostamente foram assassinados e tiveram seus corpos ocultados por traficantes de drogas do Complexo do Castelar, mesma comunidade onde moravam, próximo ao Centro do município.
A motivação das mortes foi o roubo de passarinhos que pertenciam a traficantes da localidade. Após o crime, de acordo com o secretário, o líder local, foi chamado ao Complexo da Penha, onde foi assassinado, como queima de arquivo, por lideranças do Comando Vermelho. Em entrevista à TV Globo, o Allam, afirmou que o traficante pediu autorização para punir os meninos a líderes da facção criminosa, que estavam presos. A punição foi liberada, mas as lideranças não sabiam que os autores do furto dos passarinhos eram crianças.
Em live transmitida pelo deputado estadual Alexandre Knoploch (PSL), o delegado Uriel Alcântara, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) , encarregado de investigar o caso, disse que outras linhas anteriormente seguidas já foram descartadas.
“A investigação, a gente não pode contar detalhes, mas ela amadureceu bem no que seria possível. Nós temos alguns pontos muito comprovados. A gente não tem todos os fatos elucidados, mas o que temos é comprovado, é tudo muito firme, muito consistente. A gente precisa caminhar um pouco mais nesta investigação, que já se encontra madura. Na linha de investigação hoje foram descartadas outras possibilidades . E se trabalha com a responsabilidade do tráfico de drogas, por ter matado estas crianças e de ocultar os corpos”, disse o delegado, num trecho da live.
Em 30 de julho, policiais da DHBF, bombeiros e mergulhadores vasculharam um trecho do Rio Botas, na divisa dos bairros de São Bernardo e Recantus, em Belford Roxo. Eles procuravam pelos três meninos, que segundo o depoimento de uma testemunha, teriam sido jogados no rio, dentro de sacos plásticos entregues por traficantes. Na ocasião, restos de uma coluna foram encontrados e encaminhados para o laboratório da Polícia Civil.