MANAUS (AM) – A modelo e digital influencer Kerolayne Monteiro foi vítima de importunação sexual na tarde desta sexta-feira (11), quando estava a caminho da academia, no bairro Parque 10 de Novembro em Manaus.
Segundo Kerolayne, ela saiu de casa para treinar e como era perto do condomínio onde mora, se sentiu segura para ir caminhando, contudo, no caminho foi atacada por um predador sexual. “Eu acabei de sofrer um assédio no meio da rua, eu tava indo para a academia e um motoqueiro usando capacete simplesmente bateu na minha bunda com muita força, que ficou a marca”, contou ela chorando.
A blogueira contou aos prantos em seus stories o ocorrido e disse que nunca se sentiu tão vulnerável, triste e abusada como se sentiu hoje por ter sido alvo de um tarado.
Ela ficou sem acreditar que o motivo de estar de calças legging, seja uma justificativa para ser alvo de assédio na rua, como apontou um seguidor dizer: “Também as roupas que vocês (mulheres) usam, querem o que?”, e justifica ainda que mulheres são vítimas de assédio “porque dão brecha”.
Mas será mesmo que a vestimenta de Kerolayne e de milhares de outras mulheres que sofreram algum tipo de abuso ou violação dos seus corpos seja o real motivo da objetificação e ataques sexuais?
A resposta, definitivamente, é NÃO.
No mês passado, uma adolescente de apenas 13 anos, vestindo farda escolar, foi perseguida e importunada sexualmente por um mototaxista, que 15 minutos depois perseguiu uma mulher adulta e no mesmo dia, conforme confessou à delegada, se masturbou para duas CRIANÇAS.
Ou quando 15 dias depois, outro maníaco também foi filmado tentado estuprar uma moradora de rua.
Em meio às muitas mensagens machistas, nos comentários muitas mulheres se solidarizaram com o terror passado por Kerolayne, e mandaram mensagens de apoio, e também relataram experiências vividas como as dela.
A jovem registrou um Boletim de Ocorrência no 23º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Ela também apareceu mais tarde, um pouco mais calma, agradecendo as mensagens de carinho.a