Rio – Eike Batista deixou presídio Ary Franco e foi levado, na tarde desta segunda-feira, para a cadeia pública Bandeira Stampa, o Bangu 9, dentro do Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste. O empresário teve a cabeça raspada antes de deixar Água Santa e usava uma blusa branca, além de carregar um lençol e travesseiro, que parece ser o mesmo com o qual desembarcou no Galeão.
Bangu 9 é uma cadeia que recebe entre os presos ex-policiais e milicianos condenados. Segundo um agente, o espaço é conhecido como “cela da faxina”, com galeria bem conservada e alguns detentos trabalham dentro da unidade. Cada cela da cadeia recebe cerca de seis pessoas.
Eike Batista ficou cerca de duas horas no presídio Ary Franco, que serve como uma espécie de triagem para pessoas presas pela Polícia Federal (PF). Ele chegou ao local por volta de 11h30, depois de ter passado pelo Instituto Médico Legal (IML), onde realizou exame de corpo de delito. O empresário não foi para a mesma cadeia em que está Sérgio Cabral, em Bangu 8, por não possuir ensino superior.
A PF não informou quando ele irá prestar depoimento, o que deve ocorrer nesta terça-feira. Eike deixou o Brasil com destino a Nova York no fim da noite de terça-feira, cerca de 30 horas antes da deflagração da Operação Eficiência, que desbaratou o esquema de envio de mais de R$ 340 milhões de propina para o exterior.
A prisão do empresário foi decretada em 13 de janeiro, mas o mandado só foi “para a rua” nesta quinta-feira, com a deflagração da operação. No dia da operação, a Polícia Federal chegou a ir na casa do empresário, na Zona Sul do Rio, mas ele já não estava lá. Os advogados informaram que Eike viajou a trabalho para Nova York e que voltaria ao Brasil para se entregar. A Polícia Federal o considerou foragido e a Interpol incluiu seu nome na lista de captura internacional.
Com informações O Dia.