MANAUS – AM | Neuraci Ramos, de 44 anos, uma indígena da etnia Tikuna, morreu nesta quarta-feira, 8, enquanto aguardava ser transferida do município de Tabatinga à Manaus.
A família de Neuraci conta que esperou, durante seis dias, a chegada de uma UTI aérea para que a indígena pudesse ser transferida para Manaus. Na segunda-feira (6), de acordo com o marido da vítima, uma aeronave enviada pela Susam chegou ao município para fazer a remoção da paciente, mas acabou apresentando uma pande mecânica, que impediu a viagem.
Com isso, Neuraci precisou retornar para o Hospital de Guarnição da cidade, mas acabou não resistindo e faleceu dois dias depois.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) informou que vai instaurar procedimento interno para investigar as responsabilidades diante do ocorrido. Ainda segundo a secretaria, a demora para remoção da indígena ocorreu porque, segundo a avaliação dos médicos, havia outros pacientes em estados clínicos mais graves, que tinham prioridade no uso da UTI móvel.
O corpo de Neuraci foi levado até um cemitério improvisado na cidade onde estão sendo enterradas as vítimas do novo coronavírus. Ela era dona de casa e mãe de sete filhos.