MANAUS, AM – As queimadas na Amazônia estão cobrindo os céus da Amazônia e dando problemas para a navegação e para os voos que chegam a Manaus. Nas redes sociais os amazonenses reclamam do fumaceiro, que também traz riscos à saúde.
Novo Airão, Iranduba, Manacapuru, Itacotiara e Manaus sofrem com os incêndios provocados a cada verão amazônico. Um leitor enviou à nossa redação a vista de um hotel de selva em Novo Airão, onde a fumaça cobriu a cidade nesta sexta-feira (8).
Há 20 dias o Amazonas está em primeiro lugar no ranking do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Foram registrado 5.467 focos de calor de 17 de agosto a 5 de setembro, o que corresponde a 35,5% de todos os focos da Amazônia Legal.
“O destaque, infelizmente negativo do Amazonas em relação ao desmatamento e às queimadas, é resultado de uma expansão sem controle de ocupações ilegais de terras públicas que têm se intensificado tanto em municípios do sul do estado quanto nos municípios da região metropolitana de Manaus”, explica o cientista Carlos Durigan, diretor da WCS Brasil, falando para a Agência Amazônia Real.
Lábrea é o município do Amazonas com mais focos, 9% dos focos na Amazônia Legal, seguido por Altamira, no Pará, em segundo lugar (8,6%), e Porto Velho, em Rondônia, em terceiro (8,3%). Nos municípios do Amazonas entre os dez com mais focos de calor desde o início de agosto, Apuí está em quinto lugar (6,5%), Novo Aripuanã em sexto (6%) e Manicoré em nono (3,7%).