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Com nova diminuição em julho, homicídios em Manaus acumulam queda de 11% no ano

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Manaus – Em Manaus, o número de homicídios caiu 11,2% entre os meses de janeiro e julho deste ano na comparação com igual período de 2017, conforme dados estatísticos da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). Nesse período, foram 530 homicídios, a maioria com características de execução, contra 597 do ano passado.

O secretário de segurança, coronel Anézio Paiva, afirmou em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (09/08) que o combate à criminalidade tem ocorrido de forma integrada, com ações ostensivas da Polícia Militar e investigativas da Polícia Civil.

“O combate está sendo feito pelas forças de segurança e reflete nessa queda no número de homicídios no acumulado do ano. Já em agosto, os nossos levantamentos apontam para uma queda em comparação com igual período do ano passado”, afirmou Paiva.

O trabalho integrado das Polícias Civil e Militar resultou na prisão de 319 acusados de homicídios só em 2018. Na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), como resultado do trabalho de uma força tarefa na unidade, houve aumento no número de inquéritos concluídos e remetidos à Justiça estadual. Até o mês passado, foram 534 inquéritos encaminhados ao Judiciário.

Em julho, foram registrados 94 homicídios na capital amazonense, 6,9% menos que no mesmo período do ano passado. No mês foi colocada em prática uma nova estratégia para combate aos crimes. Além de reforço policial nas ruas, o secretário de segurança, coronel Anézio Paiva, determinou a montagem de Ação de Investigação, pela Polícia Civil, para identificar e prender autores de homicídios registrados na cidade.

Coordenados pela Delegacia Geral da Polícia Civil, 34 equipes de delegados e investigadores vêm acompanhando os casos com o objetivo de dar maior celeridade na elucidação dos crimes. Quem tiver informações que ajudem a esclarecer os casos pode fazer denúncias anônimas por meio do telefone 181, o Disque-Denúncia da Secretaria de Segurança.

De acordo com o comandante da Polícia Militar, coronel David Brandão, a população deve continuar acreditando no trabalho do sistema de segurança. “Se você tiver informações que ajudem as polícias, faça a denúncia. Você não será identificado e ajudará a efetuar as prisões”, afirmou.

Também presente da entrevista coletiva, o delegado geral da PC, Mariolino Brito, destacou o dinamismo do sistema de segurança para combater a criminalidade. “Segurança pública é um processo dinâmico e requer soluções dinâmicas. A SSP organizou um procedimento de investigação e todo o sistema está dando uma resposta decente para a população”, afirmou.

Recompensas – Além da Ação de Investigação, a Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai), braço investigativo da SSP, ofereceu uma recompensa financeira para quem fornecer informações que levem à prisão de suspeitos ligados à organização criminosa que atua no Amazonas e envolvidos em dezenas de assassinatos.

Dos principais suspeitos de envolvimento nos crimes, cinco ainda estão sendo procurados. Com oferta de recompensas financeiras, a Seai busca por informações que levem à prisão Adalberto Salomão Guedes da Silva, vulgo Salomão, Alexsandro Oliveira dos Santos, vulgo Sandrinho, Bruno de Souza Carvalho, vulgo Bruno Fiel, Johnson Alves Barbosa, vulgo Playboy, e Kaio Wuellington Cardoso dos Santos, vulgo Mano Kaio.

Juntos, estes criminosos respondem por 76 processos em andamento na Justiça do Amazonas por crimes como tráfico de drogas, roubos, organização criminosa e homicídios, conforme levantamento da Seai.

Na última quinta-feira, uma ação conjunta da Secretaria de Inteligência e do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) prendeu Alexandre Alves da Silva, 23, o ‘Cagão’, em Teresina (PI). Ele era um dos 35 foragidos do Centro de Detenção Provisória Masculino 2 (CDPM 2), desde maio, e está ligado a pelo menos 12 homicídios, além de ser investigado por envolvimento em outros 20 casos.

Além da prisão de homicidas, o trabalho policial no período gerou outros resultados positivos. Em 15 dias, a Operação Hórus da Polícia Militar prendeu 94 infratores, apreendeu 37 armas de fogo, recapturou dois foragidos, recuperou 38 veículos e apreendeu mais de 500 quilos de entorpecentes.

A Secretaria Executiva Adjunta de Operações (Seaop), braço operacional da SSP, prendeu 19 infratores e nove armas de fogo. Em uma das ocorrências, foi presa uma quadrilha com seis armas, munições e drogas no bairro Nova Cidade, na zona norte, suspeita de envolvimento em homicídios. O grupo, formado por quatro pessoas com idades entre 21 e 25 anos, estava com duas pistolas PT 840, dois revólveres calibre 38 e duas espingardas (calibre 20 e 16), munições de calibre 20, 38, .40 e 9mm.

Prisões – O trabalho conjunto das Polícias Civil e Militar e das Secretarias Executivas Adjuntas da SSP vem resultando na identificação e prisão de suspeitos de envolvimento em homicídios, tanto mandantes quanto executores. “Quando o sistema está integrado, o êxito é maior no combate à criminalidade”, afirmou Paiva.

Em junho, após quatro meses de investigações, policiais da Seai prenderam o narcotraficante Clemilson dos Santos Farias, 40, vulgo ‘Tio Patinhas’, identificado como líder de uma organização criminosa.

O narcotraficante, que estava em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife, em Pernambuco, está ligado a dezenas de homicídios registrados em Manaus com características de execução. A prisão dele deve ajudar a elucidar diversos crimes realizados na capital amazonense decorrentes da disputa entre facções pelo domínio do tráfico de drogas.

Em julho, foram presos suspeitos de envolvimento em outros crimes e integrantes de facções criminosas que se preparavam para executar rivais. No fim do mês, seis homens com idades entre 21 e 39 anos foram presos no bairro São Jorge, zona centro-oeste de Manaus, por policias militares da Força Tática, Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) e das 8ª e 21ª Companhias Interativas Comunitárias (Cicoms). O bando foi surpreendido pelos policiais enquanto se preparava para atacar rivais de outra facção criminosa. Durante a ação, cinco infratores que entraram em confronto com a polícia morreram.

Ainda no mês passado, as Secretarias de Administração Penitenciária (Seap) e SSP transferiram 16 detentos do sistema prisional amazonense para o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Os presos transferidos são apontados como líderes de organizações e identificados como sendo de alta periculosidade.

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