Brasília – Num momento de extremo desgaste para nomes tradicionais da política, a Rede, da ex-senadora Marina Silva, trabalha para atrair integrantes do Judiciário. O juiz Márlon Reis, um dos redatores da Lei da Ficha Limpa, deve concorrer ao Senado pelo Maranhão. A sigla também quer que o delegado aposentado da PF, Jorge Pontes, ex-Interpol, dispute vaga na Casa pelo Rio. Em passo ainda mais audaz, sonha filiar o chefe da PF, Leandro Daiello, e Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato.
De olho Os ex-ministros do STF Ayres Britto e Joaquim Barbosa também são mencionados como alvos. Aliados dizem que Marina é extremamente cautelosa nas conversas e nunca faz sondagens.
Por dentro Integrantes do partido dizem que a ex-senadora apenas ressalta a importância de uma atuação política institucional. Essa linha de discurso teria sido usada por ela, por exemplo, em conversa com Dallagnol, há cerca de dois meses.
Aqui não Procurada, a assessoria da força-tarefa nega que Dallagnol tenha sido sondado. A assessoria de Daiello vai além e nega qualquer conversa nesse sentido.
Bom entendedor Em entrevista à coluna nesta quarta-feira (12), Marina Silva disse que “quem empurra as pessoas do mundo da Justiça ou da polícia para a política são os maus políticos”.
Nem ele sabe Marcelo Odebrecht explicitou o enrosco que deve dominar discussões jurídicas sobre a Lava Jato. Questionado sobre como diferenciar propina de caixa dois, disse: “Havia candidatos, assim, honestos, que usavam caixa dois. E desonestos que recebiam no caixa um, [mas era] propina”.
Aí já é demais Auxiliares de Michel Temer sugeriram que ele terminasse o vídeo para rebater acusações de delatores dizendo que “o Brasil pode confiar em seu presidente”. O peemedebista achou que não pegaria bem.
Uma mão… O presidente do TCU, Raimundo Carreiro, ofereceu ao colega Vital do Rêgo o auxílio da estrutura de comunicação do órgão para que ele pudesse responder à acusação de ter recebido R$ 350 mil da Odebrecht.
… lava a outra Rêgo agradeceu o gesto, mas recusou. Contratou uma assessoria para tentar driblar a crise.
Com informações Painel Folha de São Paulo