MANAUS – AM | O Governo do Amazonas está em tratativas com o Governo de Roraima para receber pacientes de Covid-19, nas unidades de saúde de referência de Manaus, vindos do estado vizinho. A ação contará com o apoio do Ministério da Saúde.
O pedido de ajuda foi feito pelo governo vizinho junto ao Ministério da Saúde, que tem intermediado a articulação entre os dois estados, em virtude da superlotação dos hospitais de Roraima, que totalizava até sábado (13/06), 6.712 mil casos de Covid-19 e 192 mortes.
Com a ampliação do número de leitos para pacientes com coronavírus por parte do Governo do Amazonas e a diminuição da taxa de ocupação nas unidades de saúde, nas últimas semanas, a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) e a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) trabalham na elaboração de um dispositivo legal para a oferta desse auxílio.
A secretária de Saúde do Amazonas, Simone Papaiz, destacou que os termos da parceria estão sendo discutidos entre as esferas técnicas e legais das duas unidades federativas.
“Entendemos a situação do nosso vizinho e esperamos conseguir ajudá-los em um momento tão delicado e pelo qual já passamos. As questões técnicas como regulação de leitos, translado dos pacientes e de vigilância em saúde, estão sendo discutidas entre nós da Susam e o secretário de Saúde de Roraima, Marcelo Lopes”.
Simone Papaiz também explicou que a ideia é destinar um número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes vindos de Roraima, sem que isso prejudique o atendimento oferecido pela rede estadual do Amazonas aos doentes de Manaus e dos 61 municípios do interior do estado. Ela também ressaltou que o Governo Federal irá auxiliar nas transferências desses doentes.
“Nossa prioridade é atender aos doentes do Amazonas, seja da capital ou do interior. Paralelamente a isso, com a redução nos números de internações que temos vivenciado, calculamos que também é possível, neste momento, atender aos pacientes de Roraima, sem que haja qualquer prejuízo aos amazonenses. Quanto às transferências, sabemos que ficarão por conta do Ministério da Saúde”, finalizou.
Foto: Divulgação/Secom