MANAUS (AM) – O bumbá manauara Corre Campo celebrou 80 anos no último dia 1° de maio. E para comemorar a data preparou uma festa ao seu modo, com muito folclore, na Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira (Av. Constantino Nery, s/n – Flores). O evento comemorativo será neste sábado (14), a partir das 20h com acesso gratuito.
Através do seu Circuito Cultural, a Associação Folclórica Cultural Boi Bumbá Corre Campo – AFCBBCC recebe diversos grupos folclóricos, entre eles, quadrilhas e cirandas, e claro, uma apresentação especial do aniversariante, onde apresentará seu tema para o Festival Folclórico do Amazonas.
A programação começa às 20h com a ‘Ciranda do Aleixo’, seguindo da ‘Quadrilha 7 Queda’, ‘Ciranda da Betânia’, ‘Quadrilha de Duelo Pistoleiros da Roça’, ‘Quadrilha da Diversidade Kero é Close’, ‘Quadrilha Juventude na Roça’, ‘Ciranda Sensação de Raiz’ e a ‘Quadrilha Família Gald’.
Tema 2022
Ao encerrar as apresentações dos diversos grupos convidados, às 23h30, o Boi Corre Campo faz uma prévia do que levará para a arena em 2022.
Com o tema ‘O Boi da Resistência’, a associação contará a história dos seus 80 anos, bem como sua luta em prol do folclore manauara. A sinopse fala desde a criação pelas mãos de humildes famílias negras de herança nordestina, passando pela superação dos preconceitos e adversidades e da sua contribuição para a cultura do Amazonas e a diversidade cultural do Brasil.
Durante a sua apresentação na arena, o boi não deixará de fora o processo histórico das imposições políticas e econômicas da colonização, o bumba-meu-boi ou boi-bumbá, que hoje é importante instrumento de conscientização sobre as contribuições sociais e culturais dos povos indígenas e de negros africanos escravizados pelos colonizadores.
Em síntese, o objetivo temático do Boi Bumbá Corre Campo é celebrar a força popular que a brincadeira representa, através da resistência cultural e artística, tendo como base questões relevantes e problemas atuais que se repetem, desde a colonização, com constantes desrespeitos a negros e índios que vivem a saga da resistência diante das violentas agressões que sofrem à luz da contemporaneidade.