Pais e mães de crianças autistas e portadoras de outras deficiências vem chamando atenção do Grupo Hapvida através de manifestações, pois a clínica médica simplesmente paralisou os atendimentos e acompanhamentos de terapia ocupacional dos seus filhos, sem avisar previamente.
De acordo com os pais, a atitude da clínica interrompeu o tratamento das crianças por meses e em dezembro do ano passado os pais foram às ruas questionar a paralisação dos atendimentos e pedir para que retorne, pelo bem estar dos filhos.
Mas até agora nada.
Na última segunda-feira (9) os pais tiveram uma audiência na Ordem dos Advogados do Brasil Amazonas (OAB-AM) com dois representantes da Hapvida. Segundo Larissa Borel, mãe de uma das crianças, eles não sabiam de nada.
“Uma vergonha, com dois representantes da Hapvida que não sabiam de nada , o advogado foi contratado naquela tarde, só para levar paulada”, disse ela indignada. Larissa já está na luta pela causa há três anos.
Um vídeo compartilhado por Larissa, mostra o exato momento que uma das crianças grita aos prantos dentro de uma sala nas dependências da clínica enquanto ainda recebia tratamento. O vídeo foi filmado pela mãe da criança.
Veja:
MULTA
Em setembro do ano passado, o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-AM) multou o plano em R$ 2.202.559,20. “As denúncias estão chegando, crianças autistas estão tendo a negativa no atendimento nas clínicas por falta de pagamento da operadora do plano de saúde. Isso nós não podemos permitir”, ressalta Jalil Fraxe, diretor-presidente do Procon-AM.
Depois de receber reclamações dos consumidores, o instituto notificou a empresa para se manifestar a respeito das denúncias, mas não recebeu respostas.
Em dois meses, essa é a segunda multa que o Procon-AM aplica contra planos de saúde que negaram ou interromperam tratamento às pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outros transtornos globais do desenvolvimento.
Até o momento o plano não respondeu publicamente ás denúncias, mas o espaço segue aberto.